Viana acompanha obras de recuperação da BR-364

Viana acompanha obras de recuperação da BR-364
Senador mostra preocupação com atraso de
obra na região devido aos balseiros 

A destruição causada pela maior cheia do Rio Madeira, no início deste ano, na principal via de ligação terrestre ao Acre já começou a ser contornada. O senador Jorge Viana (PT-AC) ocupou a tribuna do Senado, nessa segunda-feira (29), para agradecer a presidenta Dilma Rousseff, o Ministério dos Transportes e ao Departamento Nacional de Obras de Infraestrutura de Transportes (Dnit) pelo início das obras de reconstrução e reestruturação da rodovia. 

“Nesse final de semana, estive visitando as obras de recuperação da BR-364 de Rio Branco a Sena Madureira. Tenho aqui fotografias, dados e informações. São pelo menos quatro trechos em obras”, destacou o senador. “O papel de um parlamentar é cobrar, exigir, mas quero agradecer à presidenta Dilma, ao ministro Paulo Passos e ao diretor-geral do DNIT pelas obras. O serviço está ficando bem feito. A única coisa que nós queremos é que, onde não foi acelerado, ganhe celeridade o trabalho de recuperação da BR”, completou, observando que em pouco tempo deve ter início o novo ciclo de chuvas, o que pode levar a novos atrasos e transtornos.

Engenheiro florestal por formação, Jorge Viana reconheceu que o tipo de solo do Acre é um dos fatores que dificultam a execução e manutenção das estradas. Mas ponderou que é preciso cuidado com as vias, porque estradas mal conservadas são frequentemente apontadas como causas de graves acidentes.

Denúncia

Como a BR-364 tem fundamental importância para o escoamento de mercadorias do Norte e Centro-Oeste para a Região Sudeste, a construção de uma ponte de interligação com o estado de Rondônia é uma antiga reivindicação da classe produtora. Há mais de 20 anos, os comerciantes locais pedem a execução da obra a fim de diminuir custos e agilizar o abastecimento de mercadorias.

Conforme denunciou o senador acriano, os donos das balsas que hoje fazem a travessia do rio são os responsáveis pelo atraso da ponte. “É uma mina de ouro aquele trabalho, e os responsáveis pelas balsas sempre dificultaram a licitação. Tiveram êxito, porque, durante mais de dez anos, essa licitação era sempre anulada”, apontou.

Viana ainda destacou que os balseiros detém uma área às margens do rio e impediram a instalação do canteiro de obras. “Isso é um abuso! Eles são donos de 15 km à margem do rio. A BR-364 passa e o canteiro de obras está sendo feito a 15 km de distância da ponte. Os donos dessas terras são os proprietários das balsas e estão incomodados porque vão perder a galinha dos ovos de ouro”, afirmou o senador, solicitando que uma mobilização das autoridades para “garantir o interesse público”.

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