Votação da Emenda 29 ainda depende de acordo

Votação da Emenda 29 ainda depende de acordo

Votar ou não regulamentação da Emenda 29 nos próximos dias vai depender de um acordo entre o Governo, a base aliada e os partidos de oposição. O Governo vem trabalhando com a hipótese de votar o texto aprovado pela Câmara dos Deputados.

Embora a ideia inicial seja votar ainda este ano, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE) explica que se a oposição insistir na votação do projeto do ex-senador e atual governador do Acre, Tião Viana (PT), os partidos governistas pedirão a suspensão da tramitação em regime de urgência.

“A princípio, se houver qualquer tipo de risco de cair a proposta que veio da Câmara e prevalecer a do Tião Viana, nós não vamos votar. Vamos pedir a suspensão do regime de urgência. Mas nosso interesse é tentar construir com o governo uma proposta que seja aceitável”, assegurou Humberto Costa. Ele garantiu que até a próxima terça-feira (06/12) será fechada uma “resposta à oposição” sobre a votação ou não da Emenda 29.

O projeto de Tião Viana (PLP 306/2008) estabelece que a União deverá aplicar, anualmente, o mínimo de 10% de suas receitas correntes brutas na saúde. A saúde deverá ainda ter destinados outros 12% dos recursos dos estados e do Distrito Federal e 15% dos municípios.

O texto aprovado na Câmara, só prevê percentuais fixos para estados (12%) e municípios (15%). O percentual mínimo a ser gasto pela União em saúde será calculado com base no montante do ano anterior e na variação do Produto Interno Bruto (PIB).

No plenário
Nesta segunda-feira (28/11), foi realizada a quarta discussão da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 87/2011, que prorroga a DRU até dezembro de 2015. Como o Regimento Interno exige que a votação de PECs em primeiro turno seja antecedida de cinco sessões de discussão da matéria, o texto já poderá ser votado na sessão desta terça (29). No entanto, caso sejam oferecidas emendas por um terço dos senadores, a PEC terá de voltar à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

A aprovação de qualquer das duas PECs que prorrogam a DRU, no entanto, esbarra em condição imposta por senadores do DEM e do PSDB. Eles exigem que o Plenário vote antes a regulamentação da Emenda 29, na forma de {modal url=https://ptnosenado.org.br/popup/121-popup/7683-substitutivo}substitutivo{/modal} ao PLS 121/2007, que define o montante da receita da União, estados e municípios a ser destinado à saúde.

Na pauta do Plenário, o PLS 121/2007 (que regulamenta a Emenda 29) é o primeiro item, enquanto a PEC 87/2011 é apenas o sexto.

Giselle Chassot, com agências onlines

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