Retirada de direitos

Como a reforma de Bolsonaro acaba com seus direitos

Com a nova reforma o brasileiro precisará literalmente trabalhar até morrer, uma vez que a idade mínima para se aposentar aumentou para 62 anos para mulheres e 65 para homens
Como a reforma de Bolsonaro acaba com seus direitos

Foto: Alex Capuano

Jair Bolsonaro e seu ministro da Economia, o ultraliberal Paulo Guedes, conseguiram uma proeza que parecia impossível. Eles apresentam uma reforma da Previdência que é ainda pior do que aquela que foi defendida pelo golpista Michel Temer. Agora é real oficial: aumentaram a idade para se aposentar passando mulheres para 62 e homens para 65.

Além disso, nova proposta irá dificultar o recebimento de aposentadoria pelos brasileiros menos qualificados, possui um tempo ainda mais curto de transição, prejudica – e muito – as mulheres e corta benefícios para idosos de baixa renda.

Entenda em 10 pontos como a reforma da Previdência vai destruir a vida do trabalhador e do idoso brasileiro:

Todo mundo vai trabalhar mais para se aposentar mais velho
Entre os principais pontos do novo sistema de aposentadoria do governo Bolsonaro está a criação de uma idade mínima para receber a aposentadoria integral, que será de 65 anos de idade no caso de homens e 62 anos para mulheres, com um período de transição de 12 anos. O plano é estipular a idade mínima já em 2019, sendo 56 anos para mulheres e 60 anos para homens, aumentando em 6 meses a cada ano, até 2031. Além disso, será exigido no mínimo 20 anos de trabalho e um total de 40 anos para aposentadoria integral.

Hoje a previdência utiliza a regra 96/86 para aposentadoria integral, sendo 96 pontos para o homem se aposentar (35 anos de contribuição mais a idade); e para mulher 86 pontos (30 anos de contribuição, mais a idade). Também é possível se aposentar diretamente com 35 anos de trabalho no caso dos homens e 30 anos para as mulheres, tendo contribuído no mínimo 15 anos. Ainda existe a aposentadoria proporcional, com idade mínima de 48 anos de idade e 25 de contribuição para a mulher e 53 anos de idade e 30 de contribuição para o homem.

Vale lembrar que a expectativa média de vida do brasileiro é de 75 anos, mas em bairros pobres, como por exemplo o Jardim Ângela em São Paulo, pode ser de apenas 55 anos. Para muitos, a mudança significará trabalhar até morrer.

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