Professores e estudantes do ensino federal, estadual e municipal de todo o país vão cruzar os braços nesta quarta-feira (15), Dia Nacional de Greve na Educação.
Contra a reforma da Previdência e os cortes de investimentos na educação, os trabalhadores e trabalhadoras da rede pública e privada prometem uma histórica mobilização, que também servirá de “esquenta” para a greve geral marcada para o dia 14 de junho contra a “reforma” da Previdência do governo de Jair Bolsonaro (PSL).
Além dos professores e estudantes das escolas municipais e estaduais que já aderiram à greve, os trabalhadores das universidades e institutos federais começaram a anunciar o resultado das assembleias com aprovação da participação na Greve Nacional da Educação chamada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee). (Confira as listas das universidades e escolas no final do texto)
O setor da educação universitária vai parar no Brasil inteiro. Até agora já são mais de 70 universidades que confirmaram a adesão à greve e aos atos que ocorrerão em todas as capitais.
Segundo o presidente da CNTE, Heleno Araújo, quando a entidade pensou na greve, a ideia era justamente envolver a educação básica, profissional, tecnologia e universitária de todo o país, já que todos e todas serão impactados com os cortes das verbas e a proposta de reforma da Previdência.
“O anúncio de corte de recursos da educação colocou lenha na fogueira e ajudou a ampliar a adesão das universidades e instituições federais, com suas entidades nacionais chamando para a deliberação das assembleias das associações de docentes e movimento estudantil”.
“É uma unidade muito importante para dialogar com a população e mostrar o quanto a educação pública e de qualidade, nos três níveis (federal, estadual e municipal), estão sendo atacadas de forma brutal pelo governo Bolsonaro. Somente juntos vamos fortalecer essa luta pelo direito social e humano a uma educação pública e de qualidade da creche à pós graduação”, conclui Heleno.
Professores serão mais prejudicados com reforma
Se Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 006/2019, da reforma da Previdência, for aprovada no Congresso Nacional, os professores e professoras serão uma das categorias mais penalizadas.
As mulheres terão de trabalhar pelo menos mais 10 anos e os homens mais 5 anos para alcançar a idade mínima de 60 anos para requerer a aposentadoria.
A proposta de Bolsonaro pretende fixar em 60 anos a idade mínima para professores e professoras da rede pública e privada se aposentarem. A reforma também pretende unificar em 30 anos o tempo mínimo de contribuição para ambos os sexos.
E mesmo trabalhando durante 30 anos, os professores e professoras receberiam apenas 80% do salário-benefício. Para receber o valor integral do benefício (100%), eles teriam de contribuir por 40 anos.
LISTA DE UNIVERSIDADES QUE TERÃO MANIFESTAÇÃO/PARALISAÇÃO NO DIA 15 DE MAIO
Confira a lista de universidades e categorias que já decidiram parar dia 15 e as que ainda vão realizar assembleias para aprovar a greve nacional da educação. Se sua universidade não está na lista ou já realizou assembleia e vai parar, atualize as informações e compartilhe.