Solidariedade é a palavra que resume este Dia Internacional do Trabalhador em um mundo meio paralisado e incrédulo diante da gravidade da emergência sanitária provocada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), que já infectou mais de 3 milhões de pessoas e matou mais de 200 mil nos cinco continentes.
E “Solidariedade entre trabalhadores e trabalhadoras de todo o mundo, com todas as vítimas do trabalho, das pandemias e das guerras e porque a classe trabalhadora não deve pagar por essa crise” é o nome da mobilização organizada por várias centrais de vários países para comemorar este dia 1º de Maio tão diferente. Juntas, elas organizaram o “Concerto de Solidariedade Internacional”, que vai conectar os continentes através da música num show que vai ao ar no Dia Internacional do Trabalhador.
Vão participar do show pela Internet 16 artistas, cantores e cantoras convidados pela CUT e mais 22 centrais sindicais da Argentina, Uruguai, Chile, Colômbia, Cuba, África do Sul, Marrocos, Coreia do Sul, Filipinas, Rússia, Reino Unido, Bélgica, França, Espanha e Itália.
E toda programação poderá ser usada em qualquer live ou atividade virtual que estiver sendo realizada neste 1º de Maio, onde trabalhadores estão sendo incentivados a ficar em quarentena para se proteger contra o novo e muitas vezes fatal vírus. A Organização Mundial de Saúde (OMS) vem sendo muito clara ao afirmar que o isolamento social é a única maneira de se proteger da doença.
“É importante destacar que a CUT e todas as outras centrais sérias do mundo sempre vão priorizar e defender a vida de todos e todas, diferentemente do que Bolsonaro defende e isso é importante dizer”, afirma o secretário de Relações Internacionais da CUT, Antonio Lisboa, se referindo ao presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, que nega a doença, estimula as pessoas a saírem do isolamento para, segundo ele, proteger a economia, e faz piadas sobre as mortes dizendo coisas como “e eu com isso?”.
“Nós da CUT e diversas centrais pelo mundo”, continua o dirigente, “sempre interagimos de alguma forma na construção das atividades do 1º de Maio, mas esta articulação mundial é inédita e foi a solidariedade que nos conectou, literalmente”.
Concerto e homenagens
No final do “Concerto de Solidariedade Internacional”, haverá uma grande homenagem aos trabalhadores e trabalhadoras da área da saúde e todos que estão na linha de frente no combate a doença e às vítimas da Covid-19 pelo mundo.
Por ser inédito, e também pela composição plural de diferentes países, a repercussão e divulgação será extensa, pois será veiculado em diferentes países e nas redes sociais de diversas centrais sindicais e seus sindicatos.
O objetivo do concerto é o da solidariedade internacional e, apear da situação difícil que a área cultural vive com o isolamento social fundamental para conter a disseminação da doença, com todos os eventos sendo desmarcados sem data para ser realizado, os artistas estão participando sem cobrar absolutamente nada.
“Sabemos que este momento também é crítico para o setor cultural, mas agradecemos imensamente a valiosa participação neste show internacional de diversos artistas que estão participando de forma voluntária e solidária”, explicou Lisboa.
Artistas que estarão presentes no Concerto
Chicco Twala feat Nokwezi Dlamini, da África do Sul, Víctor Heredia, da Argentina, Axelle Red, da Bélgica, Tico Santa Cruz, do Brasil, Inti Illimani, do Chile, Adriana Lucía, da Colombia, National Council of Workers’s Choirs, da Coréia do Sul, Arnaldo Rodríguez, de Cuba.
Sole Giménez, da Espanha, Lapis Artists, das Filipinas, Thibaud Defever, da França, Modena City Ramblers, da Itália, Hoba Hoba Spirit, de Marrocos, Sebastião Antunes & Quadrilha, de Portugal, Billy Bragg, do Reino Unido, Arkadiy Kots Band, da Rússia, Valentina Prego, Mónica Navarro, Edgardo Davich Mattioli (La Teja Pride), Maia Castro, Carmen Pi, Marcelo Gamboa (Contra las Cuerdas), Samantha Navarro, Patrícia Kramer y Christian Cary (La Triple Nelson) do Uruguai.