42% dos atletas da delegação olímpica brasileira recebem o Bolsa-Atleta

Uma nova edição do acontecimento esportivo mais importante do mundo, os Jogos Olímpicos de Londres, começa, oficialmente, na próxima sexta-feira (27/07). E o Brasil, que sediará o próximo evento olímpico, estará no centro das atenções. Mas, o Governo Federal aposta que a delegação brasileira roubará a cena por outro motivo: a melhoria do desempenho dos atletas. Isto porque, nos últimos anos, o País aumentou o investimento na preparação das equipes, por meio do programa Bolsa-Atleta. Para se ter uma ideia, dos 259 atletas classificados para os Jogos, 111 recebem o benefício. O que representa 42% dos competidores, em 32 modalidades.

O Bolsa Atleta, iniciativa gestada pelo Ministério do Esporte, dá ao competidor de alto rendimento, que não possua patrocínio, um salário mensal. O objetivo é permitir que os esportistas se dediquem integralmente aos treinos. Cada categoria recebe diferentes valores de auxílio. A contribuição mensal é de R$ 370 para atletas estudantis, R$ 950 para os esportistas nacionais, R$ 1.850 para os internacionais e R$ 3.100 para atletas olímpicos e paraolímpicos. Atualmente, 4.243 atletas estão dentro do programa.

Grandes nomes do esporte nacional estão entre os contemplados pela Bolsa. É o caso Maurren Maggi, campeã olímpica no salto em distância em Pequim (2008), Hugo Hoyama, o mesatenista campeão por equipe nos jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro (2007) e em Guadalajara (2011), e das ginastas medalhistas Daiane dos Santos, Daniele Hypólito, Adrian Gomes, Bruna Leal e Ethiene Franco. Todos eles recebimento do auxílio nas categorias Olímpica/Paralímpica, Internacional e Nacional e Estudantil.

Embora reconhecendo que o País já tenha alcançado excelência em alguns esportes, como voleibol, e chegado a um nível razoável no judô e em esportes aquáticos; o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, em entrevista ao programa Bom Dia Ministro, observou que ninguém se torna potência olímpica do dia para a noite. Para ele, “o fundamental é planejar a formação dos atletas desde a base até a competição mais elevada”. E destacou que o Bolsa Atleta é apenas uma parte disso. “Não basta que haja uma bolsa para o atleta. O atleta, para o seu pleno desenvolvimento, precisa de uma equipe multidisciplinar que envolva técnico, fisioterapeuta, nutricionista, psicólogo”, disse o ministro.

Essa aliança entre talento e investimento, para o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) deve refletir na conquista das medalhas. O resultado estimado é de que as cores verde e amarelo e o hino nacional brasileiro sejam notabilizadas, pelo menos, 15 vezes no lugar mais alto do pódio. Já o Governo apresenta uma projeção ainda mais positiva. “Nós temos uma expectativa de 15 a 20 medalhas. Quinze é uma base mais do Comitê Olímpico. Mas achamos que, com os investimentos públicos realizados nos últimos quatro anos, não seria demais esperar 20 medalhas para essas Olimpíadas de Londres”, afirmou Rebelo.

Rendimento
Dentre os atletas paraolímpicos, 156 dos 182 esportistas são beneficiários do Bolsa Atleta. Ou seja, 85% são bolsistas. Totalizando 256 beneficiados pelo programa. Os jogos Pan-americanos e Parapan-americanos do ano passado, em Guadalajara, são exemplo da importância desse tipo de incentivo financeiro. Pois, das 141 medalhas conquistadas pelo Brasil no Pan, 53 foram por bolsistas. No Parapan, a proporção é ainda maior. Das 197 medalhas brasileiras, 156 foram para os competidores beneficiados pelo programa.

Com informações da Secom

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