Com o lema “Mulheres na reconstrução da democracia e do bem-viver”, a Secretaria Nacional de Mulheres do PT está nos preparativos para o ato nacional unificado e as mobilizações do Dia Internacional de Luta das Mulheres que, em 2023, é marcado, principalmente, pela vitória na eleição do presidente Lula e o resgate do processo democrático brasileiro.
“Retomar a democracia é o primeiro passo. Quando se trata de efetivar a igualdade de direitos entre homens e mulheres, a jornada é permanente. Por isso, seguimos priorizando o combate à fome e à pobreza com centralidade nas mulheres, pois elas foram as mais violentadas nos últimos seis anos. E, no Brasil, se não há uma política específica voltada para mulheres, a definição de democracia se torna leviana”, explica Anne Moura, secretária nacional de mulheres do PT.
De fato, os indicadores do IBGE, da Rede Penssan e do IPEA apontaram que, durante os governos golpista e de Bolsonaro, a fome voltou aos lares brasileiros e a degradação humana e a violência tomaram conta de nossas cidades. Os lares chefiados por mulheres foram os primeiros a serem atingidos pela crise econômica e pela falta de alimentos.
As mulheres foram as primeiras a perderem os empregos, a serem despejadas de casas e as principais responsáveis por “se virarem” para garantir alimentos para si e seus filhos. E se em um cenário de crise as mulheres foram as primeiras a serem prejudicadas, em um cenário de retomada econômica, se não há políticas efetivas com recortes de gênero e raça, elas poderão ser as últimas a serem incorporadas – principalmente em postos mais precários, desvalorizados e informais. Por isso, é preciso que a questão da justiça social tenha a essência de ter a mulher como prioridade.