No primeiro ano do governo Lula, as reservas internacionais subiram 9,34% e fecharam 2023 em US$ 355 bilhões, o que também representou o nível mais alto desde março de 2022. É bom lembrar que no governo Bolsonaro foi verificada uma queda de 13% no volume total das reservas internacionais do país.
As reservas são os ativos do Brasil em moeda estrangeira com o objetivo de serem usadas , principalmente para conter crises no mercado global que coloquem em risco a economia interna. O Brasil, desde 1999, adotou o regime de câmbio flutuante, e assim as reservas funcionam como atenuante das oscilações que possam ocorrer do real frente ao dólar.
A partir de 2003, durante o primeiro mandato do presidente Lula na Presidência da República, foi iniciada a aquisição de reservas internacionais em um cenário econômico tomado pelas desvalorizações cambiais. Assim, em praticamente duas décadas, o país ampliou as suas reservas em dólar de um total de apenas US$ 38,77 bilhões em 2003 para US$ 355 bilhões em 2023.
Com o volume atual das reservas, o Brasil continua a ter bastante autonomia para evitar a dependência de empréstimos externos como os do Fundo Monetário Internacional (FMI), do qual o país já foi devedor no passado e atualmente é um dos credores.
Durante a desastrosa gestão de Bolsonaro, responsável pela queda de 13% no volume total das reservas internacionais, num total de R$ 65,8 bilhões, o então ministro Paulo Guedes defendeu inclusive a venda de parte dessas reservas e a criação de metas para elas, ideia bastante questionada por economistas de várias correntes de pensamento e rechaçada também por agentes do mercado financeiro.
Desde que assumiu o seu terceiro mandato, o presidente Lula retomou a iniciativa de recomposição das reservas em dólar do país.