ARTIGO

Beto: “COP-30, em Belém, entrará para a história”

Segundo líder do PT no Senado, evento definirá se os governos de todo o mundo estão decididos a limitar a elevação da temperatura da Terra
Beto: “COP-30, em Belém, entrará para a história”

Espera-se na COP 30 a revisão, para maior, das metas de redução de emissões assumidas pelos países no Acordo de Paris, de acordo com Beto Faro

Nunca antes em sua história’ Belém sediou evento do porte e da importância da 30ª Conferência do Clima da ONU, a COP30, marcada para ocorrer em novembro de 2025.

A relevância da COP 30 é ampla e inconteste nos planos internacional, nacional, regional, estadual e local. Trata-se de uma Conferência das Nações Unidas cujos resultados definirão se os governos de todo o mundo estão, ou não, decididos a limitar a elevação da temperatura da terra em níveis cujos efeitos sobre o clima preservem as condições de vida no planeta. Muitos cientistas asseguram que Belém será a derradeira oportunidade para esse objetivo vital para a humanidade.

Espera-se na COP 30 a revisão, para maior, das metas de redução de emissões assumidas pelos países no Acordo de Paris de modo a adequá-las às necessidades reais de contenção do processo de aquecimento global. Mas, essa revisão só terá sentido com a garantia do financiamento climático pelos países ricos, e caso as metas revisadas em Belém passem a ter um caráter mandatório. Esses fatores aumentam a relevância da COP 30 no plano global. Em outros termos, ou o mundo seguirá a ‘estrela de Belém’ ou estaremos na rota do colapso do clima.

Para o Brasil, a COP Belém poderá consolidar e coroar o protagonismo do país nos temas ambientais em geral e, com mais ênfase, nos esforços contra as mudanças climáticas. A definição dessa COP na Amazônia refletiu amplo consenso científico e político sobre a centralidade do bioma Amazônia para as finalidades do equilíbrio do clima no planeta. Revela, também, que o empreendimento global pela preservação da floresta não pode estar dissociado das ações públicas para a garantia dos direitos e das condições de vida digna para as populações que dela sobrevivem e a protegem.

Especificamente para o nosso estado, e para Belém, juntamente com a honra e a importância histórica de sediar a COP 30, devemos considerar as oportunidades socioeconômicas raras que emergirão com o evento. Tanto o legado dos investimentos como particularmente a atividade do turismo tenderão, caso bem “exploradas”, a gerar efeitos na alavancagem da economia paraense.

Portanto, a “ousadia” do presidente Lula compartilhada pelo governador do estado, em demandar a COP para Belém, deverá resultar em investimentos em obras e serviços nas mais diversas áreas num momento em que a cidade enfrenta a carência de recursos orçamentários.

Porém, se a COP Belém constitui uma miríade de simbolismos e significados históricos concretos, e de oportunidades econômicas e políticas para o Pará, cumpre o engajamento coletivo para dotar Belém das condições adequadas para evento desse porte e grandeza política.

Claro que para uma cidade de médio porte, em uma região pobre do Brasil, não seriam razoáveis expectativas de se encontrar em Belém a logística e o conforto oferecidos em Dubai. Porém, particularmente dos governos e da classe política deve-se esperar absoluta dedicação e alinhamento nos esforços para a superação dos desafios nada triviais para que Belém acolha com dignidade e o conforto possível as dezenas de milhares de pessoas e delegações oficiais de todo o mundo.

Não há espaços para dúvidas, disputas e cizânias. O governo federal está absolutamente comprometido com esse projeto. Também há o envolvimento pleno e integrado do governo do estado e da prefeitura de Belém. Nessa toada, o Senado Federal aprovou a realização de audiência pública, de nossa autoria, para a avaliação dos trabalhos de organização da COP 30. O Pará saberá honrar o Brasil e, se Deus quiser, a COP Belém entrará para a história como momento decisivo nos esforços globais da humanidade pela manutenção das formas de vida no planeta.

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