Segundo Mantega, vão ocorrer nos gastos com |
Sem entrar em detalhes, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou em entrevista para o programa Bom Dia Brasil, da TV Globo, que o governo promoverá cortes das despesas no valor de R$ 15 bilhões, cujo objetivo é cumprir a meta de obter um superávit (arrecadação maior do que as despesas) equivalente de 2,3% em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. Esses cortes, segundo Mantega, vão ocorrer nos gastos com viagens e passagens, material permanente e serviço de terceiros e aluguéis.
O ministro da Fazenda garantiu que não haverá cortes em investimentos e nem nos investimentos sociais dos programas inclusivos do Governo Federal. Mantega informou que o impacto dos cortes será acompanhado ao longo do ano e, mesmo sem citar diretamente, a iniciativa da redução de R$ 15 bilhões nas despesas faz parte do pacto em favor do Brasil anunciado pela presidenta Dilma há uma semana.
O primeiro ponto do pacto, aliás, é o compromisso do governo Dilma com a responsabilidade fiscal. E, quando se fala em responsabilidade fiscal, o ponto mais importante é manter as contas governamentais equilibradas, entre elas a meta proposta de superávit primário.
Estabilidade
Segundo o líder do Governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), o anúncio é parte do esforço do governo no controle de gastos, para manter a estabilidade econômica e o superávit primário, que é a soma das receitas e despesas do Executivo, descontados os gastos com pagamento de juros.
“A relação dívida/PIB [Produto Interno Bruto] está em um dos patamares mais baixos, em torno de 35%. O Brasil vem mantendo o superávit primário e as contas públicas em dia e isso é parte da estratégia que dura anos”, disse. Para o líder, o cumprimento dessa reserva usada para o pagamento de juros da dívida pública do País tem sido a base da estratégia do Governo. “Se [o país] não viesse cumprindo o superávit não teriamos alcançado a atual estabilidade econômica”, completou.
Com informações da Agência Brasil
Foto: Agência Brasil