Para Suplicy, os partidos são como caixas pretas |
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) acredita que a votação da reforma política é uma das saídas para a retomada da credibilidade dos partidos. A declaração foi dada, nesta terça-feira (09), ao destacar pesquisa realizada pela Transparência Internacional, que aponta que 81% dos brasileiros consideram os partidos como corruptos ou muito corruptos. Para ele, essa situação pode ser alterada com uma maior transparência no financiamento dos partidos políticos.
De acordo com Suplicy, os partidos são como caixas pretas e uma reforma política serviria para mudar essa percepção de falta de credibilidade que a população tem sobre os partidos.
“Que possa o povo estar tomando a decisão junto conosco. O que acha do financiamento público de campanha, o que acha do financiamento público combinado com o financiamento de pessoas físicas apenas e não das pessoas jurídicas, tal como propõe o movimento contra a corrupção e por eleições limpas, com o qual eu estou de acordo. Que nós tenhamos a contribuição apenas de pessoas físicas, limitada a uma quantia que possamos considerar de bom senso, equivalente, por exemplo, ao valor do salário mínimo, em torno de R$700,00”, sugeriu referindo-se ao plebiscito.
O senador também defendeu a possibilidade de haver eleição direta para o cargo de suplente de senador, como prevê a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 55/2007), de sua autoria. Pela proposição, para cada senador titular, haverá, por parte da coligação ou do partido que o indique como candidato, até dois ou três nomes para que os eleitores venham a escolher qual, dentre esses dois ou três nomes, deverá ser eleito suplente. Para ele, essa matéria pode tramitar de forma conjunta com a PEC 37/2011, de autoria do senador José Sarney (PMDB-AP), que para um o número de suplentes de senador.
Além disso, Suplicy quer ver aprovada a proposta do senador Paulo Paim (PT-RS) que prevê o voto aberto em todas as votações no âmbito do
Senador Paim apoia proposta de Suplicy de |
Congresso Nacional (PEC 20/2013). “Essa seria outra posição muito importante para se dar mais confiança à população naqueles que a representam. Eu acho que será muito melhor se nós pudermos, perante a população, mostrar qual a nossa decisão, a de cada um dos senadores”, ressaltou.
Em aparte, o senador Paulo Paim parabenizou a iniciativa de Suplicy em defender mudanças na forma de financiamento dos partidos e a defesa pelo fim do voto secreto. Paim ainda deu um exemplo da situação ocorrida na última eleição para senadores ocorrida no Rio Grande do Sul, em 2010.
“Eu entendo também que suplente tem que ser eleito. Por exemplo, na última eleição no Rio Grande do Sul, tive em torno de quatro milhões de votos de seis milhões, mas o que não se elegeu conseguiu três milhões. Tem que ser no voto mesmo”, salientou.
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