O setor comercial brasileiro apresenta sinais promissores de recuperação, conforme mais recente Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), divulgado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) nesta quinta-feira (31/10). Os dados apontam para uma estabilização do índice após cinco quedas consecutivas, marcando 112,2 pontos em outubro e interrompendo a sequência de recuos. Ante a outubro do ano passado, houve uma leve retração de 0,5%, a menor redução desde julho. O cenário positivo reflete a implementação da políticas macroeconômicas do governo Lula visando a retomada do crescimento e a geração de empregos.
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Um dos destaques mais significativos do levantamento é o aumento na intenção de contratar trabalhadores, especialmente para o período de fim de ano. O índice de disposição para contratação temporária cresceu 1,1%, alcançando impressionantes 127 pontos. A perspectiva é otimista para a geração de empregos nos próximos meses, alinhada com as metas do governo de redução do desemprego, que caiu para 6,4% em setembro, de acordo com a Pnad Contínua do IBGE, cujo relatório também foi divulgado nesta quinta.
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Aumento dos investimentos
Além disso, os comerciantes demonstram maior disposição para aumentar investimentos, com o índice subindo 0,2%, totalizando 107 pontos. O crescimento na confiança dos empresários também é um indicador positivo para o futuro da economia, sinalizando expectativas de melhoria nas condições de negócios.
Setores específicos apresentaram resultados particularmente animadores. O segmento de supermercados e farmácias registrou um aumento de 1,3% no mês e 6,4% no ano no índice de intenção de contratação. Já o setor de eletrônicos e veículos teve um crescimento mensal de 0,1% e expressivos 6,5% na comparação anual.
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O otimismo dos empresários para as vendas de fim de ano é outro ponto de destaque. Felipe Tavares, economista-chefe da CNC, afirma: “Essa melhora das expectativas reflete confiança no setor, apesar de um cenário econômico complexo e indefinido.”
A estabilização do Icec e as perspectivas positivas para o fim do ano são indicativos claros de que as políticas econômicas do governo Lula estão produzindo resultados concretos. Com o aumento nas intenções de contratação e investimentos, o cenário para os próximos meses indica um impulso adicional para a atividade econômica e deve se refletir no PIB (Produto Interno Bruto) em 2024, cujas projeções recentes foram, mais uma vez, revistas para cima, caso do FMI. O Fundo Monetário Internacional reviu, na semana passada, o crescimento do país de 2,1% para 3%.