Saúde

Brasil recupera certificado de eliminação do sarampo, e senadores celebram: “Ciência e vacina salvam vidas”

Médicos, senadores Humberto Costa e Rogério Carvalho destacam que reconhecimento reflete compromisso do presidente Lula e do governo com a saúde do povo

Ricardo Stuckert

Brasil recupera certificado de eliminação do sarampo, e senadores celebram: “Ciência e vacina salvam vidas”

Ministra da Saúde, Nísia Trindade, e o presidente Lula recebem do diretor da Opas, Jarbas Barbosa (dir.), o certificado de país livre de sarampo

O Brasil voltou a receber o certificado de país livre do sarampo – status que o país havia perdido em 2019. Com o governo Lula, o povo brasileiro volta a ter uma gestão preocupada com a saúde.

O reconhecimento foi concedido pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) durante encontro no Palácio do Planalto nessa terça-feira (12/11), que contou as presenças do presidente Lula, da ministra da Saúde, Nísia Trindade, e do diretor da Opas, Jarbas Barbosa. O último registro de sarampo no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, aconteceu em junho de 2022, no Amapá.

A avaliação dos senadores e das senadoras do PT é de que esse é o resultado das medidas adotadas pelo país para priorizar a saúde pública.

Nas redes sociais, o senador Rogério Carvalho (SE) destacou mais uma grande conquista para a saúde pública no Brasil, “graças ao trabalho árduo e às políticas de vacinação do Governo Federal”.

“Este certificado é uma mensagem de esperança e confiança no poder das políticas públicas e na força do povo brasileiro. Vamos continuar avançando, com a certeza de que a saúde pública é uma prioridade inegociável. Vida longa às crianças brasileiras, que têm um governo comprometido com a sua saúde”, celebrou a senadora Augusta Brito (CE).

O sarampo é uma doença viral altamente contagiosa, que afeta principalmente crianças e pode causar complicações graves, como diarreias intensas, cegueira, pneumonia e encefalite (inflamação do cérebro).

Já o senador Fabiano Contarato (ES) destacou o trabalho da atual gestão do Ministério da Saúde para obter o reconhecimento.

Já o senador Humberto Costa (PE), ex-ministro da Saúde, destacou a mudança de status como um marco histórico para o Brasil e um passo decisivo na recuperação do status das Américas como região livre de sarampo endêmico.

“É, sobretudo, uma reafirmação do compromisso do nosso governo com a saúde pública e a proteção de nossas crianças, é a retomada das altas coberturas vacinais no nosso país, que foram ameaçadas pelo criminoso negacionismo recentemente vivido”, apontou.

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Da atenção ao descaso

Durante as gestões do PT, o Brasil fez esforços na área da saúde que culminaram em destaques na atuação contra o sarampo. A primeira vez que o país recebeu o reconhecimento de livre da doença foi no ano de 2016, após os últimos casos terem sido registrados em 2015.

Porém, após o golpe contra a então presidenta Dilma, em 2016, a atenção com a saúde foi ladeira abaixo.

Em 2018, quando o Brasil havia perdido o status de livre do sarampo, Humberto Costa e a bancada do PT denunciaram o descaso da então gestão de Michel Temer na área da saúde. Para se ter uma ideia, em 2017, o país teve o pior índice de vacinação em crianças e adolescentes dos últimos 16 anos. O desprezo continuaria no governo Bolsonaro.

Nos anos de 2016 e 2017, não foram confirmados casos da doença no país. Em 2018, entretanto, com o grande fluxo migratório associado às baixas coberturas vacinais, o vírus voltou a circular e, em 2019, após um ano de franca circulação do sarampo por mais de 12 meses, o Brasil perdeu o status.

Dados do Ministério da Saúde indicam que foram confirmados casos de sarampo em 2018 (9.329), 2019 (21.704), 2020 (8.035), 2021 (670) e 2022 (41). Em 2022, os estados que confirmaram casos foram: Rio de Janeiro, Pará, São Paulo e Amapá, sendo que o último caso confirmado foi registrado no Amapá, com data de início do exantema (erupções cutâneas) em 5 de junho.

Em 2024, o Brasil chegou a registrar dois casos confirmados, mas importados, sendo um em janeiro, no Rio Grande do Sul, proveniente do Paquistão; e um em agosto, em Minas Gerais, proveniente da Inglaterra.

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Com informações da Agência Brasil

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