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Indústria brasileira cresce 2,9% em 12 meses e reforça retomada

Programa Nova Indústria Brasil fortalece setor e impulsiona recuperação da produção; em relação a janeiro de 2023, aumento foi de 1,4%

José Paulo Lacerda/CNI

Indústria brasileira cresce 2,9% em 12 meses e reforça retomada

Com política de reindustrialização, setor mantém crescimento anual

A produção industrial brasileira registrou estabilidade em janeiro, interrompendo uma sequência de três meses de quedas, segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), divulgada nesta terça-feira (11/3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números apontam uma tendência de recuperação do setor: em relação ao mesmo período de 2023, a produção industrial cresceu 1,4%, enquanto o acumulado de 12 meses registra um avanço de 2,9%.

Após um período de retração entre outubro e dezembro de 2024, quando acumulou perdas de 1,2%, a indústria brasileira conseguiu interromper essa sequência negativa. Outro ponto relevante é que, apesar da oscilação recente, a produção se mantém acima do nível pré-pandemia, operando 1,3% acima de fevereiro de 2020.

“Mesmo com comportamento de estabilidade, mantendo o patamar de dezembro, há uma leitura positiva do resultado do mês, especialmente no que se refere ao predomínio de taxas positivas, tanto em categorias econômicas quanto ramos industriais pesquisados. Isso dá uma conotação positiva, mesmo com o total do setor industrial com variação nula. […] Outra característica positiva é a interrupção da trajetória de três meses de queda”, avaliou André Macedo, gerente do IBGE e responsável pela pesquisa.

Setores em alta

Os números revelam um crescimento expressivo em setores estratégicos, com destaque para os bens de capital, cuja produção cresceu 4,5% em janeiro na comparação com dezembro. Em relação ao mesmo mês de 2023, a alta foi ainda mais robusta: 8,2%. No acumulado de 12 meses, o segmento registra um avanço de 9,6%, o que indica maior dinamismo nos investimentos produtivos do país.

Outro destaque veio da indústria de bens de consumo, que apresentou alta de 3,6% na passagem de dezembro para janeiro e crescimento de 3,5% no acumulado de 12 meses. Entre os bens de consumo duráveis, o aumento foi ainda mais expressivo: 16,6% na comparação anual e 11,7% no acumulado.

A única exceção foi o setor de bens intermediários, que registrou queda de 1,4%. Entretanto, na comparação anual, o saldo ainda é positivo, com alta de 0,3% e avanço de 2,1% nos últimos 12 meses.

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Nova Indústria Brasil 

O desempenho divulgado pelo IBGE reflete o impacto da política industrial adotada pelo governo federal por meio do programa Nova Indústria Brasil (NIB), que busca impulsionar o setor e o crescimento econômico sustentável. Com foco na ampliação da capacidade produtiva, na inovação e na geração de empregos qualificados, o NIB fortalece a indústria nacional diante de um cenário global desafiador.

As diretrizes do programa incluem estímulos à indústria de bens de capital e ao setor de alta tecnologia, essenciais para a competitividade do Brasil no mercado internacional. A crescente produção de bens de capital e consumo duráveis em janeiro reflete a retomada gradual da confiança do setor produtivo, impulsionada pelo ambiente econômico mais favorável.

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Perspectivas 

Apesar do avanço registrado, a indústria ainda opera 15,6% abaixo do pico histórico alcançado em maio de 2011. Esse dado reforça a importância da continuidade de políticas estruturantes e investimentos contínuos para garantir um crescimento sustentável do setor.

No entanto, os números positivos da produção industrial em 12 meses e a estabilização do setor em janeiro demonstram que a estratégia adotada pelo governo tem sido eficaz. O NIB e o fortalecimento das cadeias produtivas nacionais são fundamentais para consolidar essa recuperação e impulsionar ao desenvolvimento e a geração de empregos no país.

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