Aníbal Diniz cobra do Governo “Linhão” até Cruzeiro do Sul

Senador criticou atuação do Ministério de Minas e Energia, que gasta R4 166 mi no Acre por ano.


“O Governo não aceita elevar o valor a ser pago
pela obra e está gastando mais da metade disso
com combustível”

Durante a sessão do Senado, da última terça-feira (20), o senador Aníbal Diniz (PT-AC) levantou questão de ordem para criticar o que ele chamou de incoerência do Ministério das Minas e Energia (MME) ao gastar R$ 166 milhões por ano com a geração de energia nos municípios acreanos que não possuem “Linhão”, enquanto a obra, que representa solução definitiva para o abastecimento na região, além de garantir energia limpa e sustentável, tem o custo total de R$ 350 milhões.

“Vejam a que ponto chega à irracionalidade do Custo Brasil: o Governo não aceita elevar o valor a ser pago pela obra ao custo calculado pelas empresas e, só no ano de 2013, está gastando mais da metade disso com combustível”, registrou.

De acordo com ele, em três tentativas de leilão público para contratação das obras para a construção do ‘Linhão’ de Sena Madureira a Cruzeiro do Sul, o resultado foi ‘deserto’, porque a cotação do Ministério, no valor de R$ 200 milhões, é considerada muito abaixo do real. “Até a Eletronorte, que é estatal, alega que não tem condição de executar essa obra a esse preço”, completou.

Aníbal lembrou que desde o primeiro leilão já se passou mais de um ano e, neste período, de acordo com levantamento do próprio MME, o Governo já gastou, só em 2013, R$ 166 milhões em combustível para atender os municípios de Cruzeiro do Sul, Tarauacá e Feijó, tanto pela utilização em si quanto pelo custo do transporte para chegar a essas comunidades, que são muito distantes.

O estudo foi apresentado ao senador que esteve, junto com o governador Tião Viana, em audiência, na terça-feira (20), com o secretário executivo do MME, Márcio Zimmermann. “Essa incongruência, com o atraso na contratação de empresas, acontece porque os custos estão subfaturados. Ou seja, é preciso colocar preço competitivo, senão as empresas vão continuar não participando dessa licitação”, enfatizou.

Para Aníbal, é necessário que a contratação dessa obra seja posta em ordem de prioridade pelo Governo brasileiro, com a elaboração de planilhas que apresentem os reais valores dos custos operacionais e de logística da obra, sob pena de continuar perdendo recursos, entre outros prejuízos.

“A operacionalização das velhas usinas termoelétricas, além de consumir muito combustível, poluem o meio ambiente, não fornecem uma energia de qualidade e não permitem que empresas se instalem na região. É condenar aquela população ao atraso.”, alertou o senador, ressaltando que “é muito mais barato fazer a obra a preço real, do com mais um ano de atraso. É uma questão de racionalidade”, concluiu.

Com informações da Assessoria do senador Aníbal Diniz

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