“Juventude, hoje no Brasil, é a agenda mais |
O ministro-chefe interino da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) e presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcelo Neri, apontou a juventude como um dos principais desafios do País, além de ser a “agenda mais importante, no sentido de traçar o futuro da nação”. Para ele, a população jovem (entre 15 e 29 anos, segundo classificação das Nações Unidas), que soma 51 milhões de brasileiros, “é, e será” a maior da história do País.
O ministro, no entanto, chama a atenção para o fato de que, se essa juventude representa hoje uma força de trabalho que pode beneficiar a produtividade e a produção, há de se aproveitar o momento para gerar riquezas a fim de evitar futuros problemas para a Previdência Social, quando a geração de jovens começar a se aposentar.
Esse “bônus demográfico”, disse o ministro, durará até 2022, ano em que o Brasil celebrará 200 anos de independência. A partir daí, segundo ele, a juventude vai começar a diminuir quantitativamente e a colocar novos desafios.
“Por isso é muito importante aproveitarmos essa onda jovem. Como vem desde 2003 e vai até 2022, eu diria que é mais do que uma onda, é uma pororoca jovem. Uma onda de longa duração que vai impulsionar nossas vidas e nosso país”, disse Marcelo Neri ao participar, nesta quinta-feira (5), do programa “Bom Dia, Ministro”.
Ele aponta duas razões fundamentais para a importância da juventude no Brasil. “Em primeiro lugar, porque é o começo da vida, uma passagem para a vida adulta que se for bem feita deixará frutos. Por outro lado, a juventude do Brasil nunca foi nem nunca será tão grande quanto hoje”, avalia. “No quantitativo é uma grande massa e uma grande oportunidade. Mas há uma série de demandas que precisam ser ouvidas. Então juventude, hoje no Brasil, é a agenda mais importante no sentido de traçar o futuro da nação”, acrescentou.
O ministro ainda ressaltou que o Governo Federal está atento à questão. Os recursos para ensino fundamental, médio e educação básica aumentaram de 3.5% para 5% do PIB. Além disso, existe um esforço no sentido de ampliar a e melhorar a educação técnica e ensino profissionalizante.
“Na parte de educação, temos a questão dos royalties do petróleo: preferencialmente 75% alocados para educação. O desafio será alocar bem esses recursos”, argumentou.
Outra ferramenta destacada pelo ministro, no sentido de definir como esses recursos serão aplicados, é o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013, ferramenta online de consulta do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) com 180 indicadores construídos com base nos Censos de 1991, 2000 e 2010. No IDHM há indicadores de 5.565 municípios.
“Acredito que, nesse caso, o estudo do Atlas poderá ajudar a nortear a destinação de recursos, como os royalties do petróleo porque cada localidade tem sua especificidade e seus desafios”, acrescentou.
Com informações da Agência Brasil
Conheça o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013
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