Alessandro Dantas

Humberto: "2024 ficará marcado na história como o ano em que o Brasil registrou a maior redução de desigualdade dos últimos tempos"
O presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Humberto Costa (PE), subiu à tribuna do Senado, nesta quarta-feira (23/4), para comemorar o aumento da renda da população mais vulnerável do país. Números recentes da Fundação Getúlio Vargas (FGV), com base na última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad), confirmam movimento significativo de redução das desigualdades socioeconômicas no país.
De acordo com a FGV, a renda da metade dos trabalhadores mais pobres cresceu 10,7% no quarto trimestre de 2024, se comparada ao mesmo período de 2023. Tal índice supera a média nacional de 7,1%. “2024 ficará marcado na história como o ano em que o Brasil registrou a maior redução de desigualdade social dos últimos tempos”, resumiu o presidente do PT.
“E o que impulsionou esse avanço? Não foi uma medida isolada, mas, sim, a combinação poderosa entre crescimento do emprego formal, qualificação profissional e uma política social inteligente e sensível: a regra de proteção do Bolsa Família, que foi desenhada e aplicada pelo nosso governo. É um dispositivo […] que permite que beneficiários continuem recebendo parte do auxílio mesmo depois de conseguir um emprego com carteira assinada. Isso é política pública com alma”, elogiou o senador.
Renda do trabalhador cresce 4,3% em um ano
Humberto lembrou também que, em 2024, 75,5% das vagas formais de trabalho foram ocupadas por beneficiários do Bolsa Família, enquanto que 98,8% delas estão preenchidas por inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). O Nordeste liderou o crescimento regional, com alta de 13% na renda, quase o dobro da média nacional.
“São avanços que não surgiram por acaso. Eles são frutos de políticas públicas bem pensadas e bem executadas, que renovam a esperança de que, com trabalho sério e compromisso com o povo, é possível, sim, transformar a realidade. Isso se traduz, na prática, na melhoria de vida da população e em um período de vivas oportunidades. Os maiores ganhos ocorreram justamente entre os grupos historicamente marginalizados”, argumentou o parlamentar.
Renda de trabalhadores mais pobres sobe mais que alta de alimentos, celebram senadores
“Investimento estratégico no futuro”
O presidente do PT ainda classificou o aumento da escolaridade entre as classes sociais mais vulneráveis como “não apenas uma vitória no presente, mas um investimento estratégico no futuro”. Para o senador, as políticas de inclusão social levadas a cabo pelo governo Lula contribuem para “uma economia mais produtiva, de uma sociedade mais coesa e de um país mais justo”.
“Segundo a FGV, a combinação entre aumento da renda e queda da desigualdade gerou um crescimento de 10,2% no bem-estar da população brasileira. Repito, 10,2%. Isso é mais do que um número. Isso é comida no prato. É luz paga. É filho da escola. É vida com dignidade”, enumerou Humberto.