Líder do PT lê nota do MEC que refuta matéria sobre bolsas no exterior

O líder do PT e do Bloco de Apoio ao Governo no Senado, Wellington Dias (PI), leu, na noite desta terça-feira (23), no plenário da Casa nota em o Ministério da Educação refuta acusações feitas pelo jornal Folha de S Paulo na matéria “Governo maquia dados de bolsa de estudo no exterior”.

“Não é verdadeira a informação de que a Capes tenha dificuldades estruturais para cumprir o programa”, diz a nota.

Segundo o MEC, é preciso esclarecer que as 22.646 bolsas concedidas até fevereiro deste ano referem-se aos benefícios concedidas pela Capes e pelo CNPq, as duas instituições gestoras do Ciências sem Fronterias. Além de frisar que o MEC não foi procurado pelo jornal para falar sobre a matéria, o Ministério esclarece que: “Desde o lançamento do programa em meados de 2011, todos os bolsistas que possuem o perfil e pertencem às áreas prioritárias do CsF são considerados como do CsF, uma vez que não faz sentido ter dois programas com o mesmo objetivo”.

 

Leia a íntegra da nota:

Em relação à matéria de capa da Folha de S. Paulo desta terça-feira, 23 de abril de 2013, com o título “Governo maquia dados de bolsa de estudo no exterior”, o Ministério da Educação esclarece:

1) O MEC não foi procurado pela reportagem da Folha de S. Paulo para apresentar os dados do programa Ciência Sem Fronteiras, como exige o manual de redação do próprio jornal, o que evitaria informações e interpretações equivocadas.

2) Não é verdadeira a informação de que a Capes tenha dificuldades estruturais para cumprir o programa. Antes do CsF ser lançado, a Capes já concedia bolsas de estudos  para as áreas e para as modalidades do referido programa, há 60 anos.  Por exemplo, de 2006 a 2010 foram concedidas, no total, 26 mil bolsas nos programas tradicionais da CAPES em todas as área do conhecimento. Grande parte dessas bolsas eram em áreas vinculadas às atuais do CsF na França, Alemanha e Estados Unidos.

3) Desde o lançamento do programa em meados de 2011, todos os bolsistas que possuem o perfil e pertencem às áreas prioritárias do CsF são considerados como do CsF, uma vez que não faz sentido ter dois programas com o mesmo objetivo. Além disso, o programa CsF, fruto de financiamento público e privado, tem outros benefícios, como recursos para compra de material didático e computador, além de curso de idiomas.  Não faria sentido tratamentos distintos, com a mesma exigência. Com este procedimento , estamos também ampliando as bolsas na área de Humanas. Portanto, é absurdo falar em maquiagem de dados. 

4) Sobre a afirmação de que “ até fevereiro, já haviam sido concedidas 22.646 bolsas do Ciência sem Fronteiras…” é preciso esclarecer que se trata do total de bolsas concedidas pela Capes e pelo CNPq, as duas instituições gestoras do CsF. A Capes concedeu até o dia 03.04.2013 um total de 11.767 bolsas no referido programa.

5) O Programa Ciência sem Fronteiras na pós-graduação não tem uma única porta de entrada, mas várias, como as chamadas tradicionais das agências, chamadas específicas para o CsF, acordos de cooperação com agências internacionais, institutos de ciência e tecnologia, além de chamadas especiais para áreas estratégicas com baixa demanda.

 

Assessora de Comunicação do Ministério da Educação

 

 

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