Agência Brasil

A moeda brasileira se valorizou cerca de 5% no último trimestre, contribuindo para reduzir os preços nos supermercados
As políticas do governo Lula para garantir a oferta de alimentos saudáveis e baratos às famílias brasileiras têm levado alívio ao orçamento doméstico em todo o país. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou, nesta segunda-feira (29/9), uma revisão que aponta queda no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2025. Em agosto, 0 índice registrou recuo de 0,11%, puxado pela queda nos preços dos alimentos no domicílio, combustíveis e tarifas de energia elétrica, estas favorecidas pelo pagamento do bônus de Itaipu.
De acordo com o Ipea, a redução foi especialmente benéfica para famílias de menor renda, que sentiram um alívio no custo de vida. Com isso, o instituto revisou para baixo a previsão de inflação no ano, passando de 5,2% na estimativa anterior (junho) para 4,8%. O instituto destaca que a inflação dos alimentos no domicílio e dos bens industriais deve cair de 6,7% e 3,6% para 4,4% e 3,1%, respectivamente.
No caso do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (INPC), que mede o impacto inflacionário para famílias com renda entre um a cinco salários mínimos, a projeção de queda também é expressiva, de 4,9% para 4,5%. Alimentos e bens industriais desempenham papel igual nas projeções, segundo o instituto. “Em relação ao INPC, apesar da elevação da projeção para os preços administrados (de 4,2% para 4,5%), a revisão para baixo dos alimentos (de 6,4% para 4,2%) e bens industriais (de 3,2% para 2,9%) fez com que a estimativa global para 2025 recuasse de 4,9% para 4,5%”, informa o Ipea.
O deputado federal, Pedro Uczai (PT-SC), comemorou a nova projeção divulgada pelo Ipea. À equipe de comunicação do PT Nacional, o parlamentar afirmou que a redução pode ser ainda maior no próximo ano, impulsionada pela queda no câmbio e pelo recuo nos preços de alimentos e serviços.
Segundo Uczai, a melhora nos indicadores econômicos impactadiretamente no dia a dia da população. “Quando o governo anuncia boa notícia, onde beneficia o povo brasileiro, onde beneficia trabalhadores e trabalhadoras, a gente comemora, a gente celebra”, afirmou. Ele ressaltou que a queda da inflação favorece o consumo de alimentos e de bens básicos, garantindo mais qualidade de vida para as famílias.
Pleno emprego e renda em alta
O parlamentar também destacou o avanço do emprego formal no país, mencionando a taxa de 5,6% de desemprego, que classificou como um recorde histórico. “Pleno emprego, 5,6%, um recorde histórico, aumentando a renda do trabalhador acima da inflação e, por outro lado, reduzindo a inflação, melhora a vida do nosso povo para comprar mais alimento, para comprar suas necessidades básicas”, afirmou.
Para Uczai, os resultados econômicos confirmam que as políticas do governo Lula estão voltadas aos interesses da maioria da população. “Celebramos juntos com o presidente Lula, com o nosso governo que está do lado do povo brasileiro”, disse.
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Valorização do real
O estudo divulgado nesta segunda-feira (29), assinado pelas pesquisadoras Maria Andréia Parente Lameiras e Tarsylla da Silva de Godoy Oliveira, destaca que o câmbio foi um dos principais fatores de rompimento inflacionário. A moeda brasileira se valorizou cerca de 5% no último trimestre, contribuindo para reduzir os custos de importação, como alimentos, bens industriais e combustíveis.
Essa trajetória se soma à safra recorde de grãos em 2025, reforçando o abastecimento e gerando pressão sobre os preços básicos da cesta das famílias.
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Mercado de trabalho e impacto social
Um dos pontos centrais de análise é o papel do mercado de trabalho. Com o desemprego em patamar historicamente baixo e a renda real em expansão, há maior demanda por serviços, o que pressiona a pressão em setores de mão de obra intensiva.
Ainda assim, o efeito líquido é positivo, pois o aumento do emprego e da renda contribui para sustentar o consumo das famílias.
Segundo o relatório, esse movimento cria um equilíbrio importante. Enquanto a valorização do real e o controle dos preços administrados ajudam no combate à inflação, o dinamismo do mercado de trabalho garante poder de compra às famílias.
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