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Efeito Lula: metrópoles brasileiras registram queda histórica na desigualdade social

Políticas do governo impulsionam a renda dos 40% mais pobres e reduzem a pobreza a níveis recordes, com o Índice de Gini nas grandes cidades atingindo seu menor patamar desde 2012

Paulo Ravena Ro

Efeito Lula: metrópoles brasileiras registram queda histórica na desigualdade social

Municípios beneficiados por mais repasses do governo Lula

O Brasil está fazendo a melhor distribuição de renda de sua história. A queda da concentração de renda nas metrópoles ao menor índice histórico é mais um dos muitos recordes do governo do presidente Lula, que não só resgatou como integrou importantes políticas públicas devastadas pela gestão passada.

Os resultados positivos são vários e um deles foi revelado recentemente pelo Boletim Desigualdade nas Metrópoles, que mostra que o Brasil registrou um aumento recorde de renda entre os 40% mais pobres, o que fez a taxa de pobreza cair de 31,1% em 2021 para 23,4% em 2023, chegando a 19,4% em 2024.

Os dados são do documento elaborado em parceria entre o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Observatório das Metrópoles; o Laboratório de Desigualdades, Pobreza e Mercado de Trabalho da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e a Rede de Observatórios da Dívida Social na América Latina.

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“Pra todo mundo está melhorando, mas está melhorando proporcionalmente mais para quem está na base da pirâmide”, assinala André Salata, professor da PUCRS e um dos coordenadores do estudo, ao apontar a baixa desocupação devido ao mercado de trabalho mais aquecido nos últimos anos.

O recorde da série histórica se deu na comparação com os dados de 2021, quando a renda por pessoa foi de R$ 474, e foi para R$ 670 em 2024. As conclusões do estudo são feitas a partir do Índice de Gini, criado para medir o grau de concentração de renda.

O Índice de Gini caiu ao menor nível histórico nas metrópoles brasileiras, com 0,534 em 2024. O indicador se baseia no rendimento domiciliar per capita e mede o grau de distribuição desses rendimentos, variando de zero a um. Quanto mais próximo de 0, menor a desigualdade.

Caminho certo

Os números refletem o acerto das políticas públicas do governo federal e a decisão do presidente de colocar os pobres no orçamento. Com ações de geração de emprego e renda, valorização do salário mínimo e inflação sob controle, o país deixa para trás o passado de fome, miséria, desemprego e a vergonhosa “fila do osso” do então ministro da Economia, Paulo Guedes.

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O Boletim Desigualdade nas Metrópoles traz dados de 20 regiões metropolitanas: Manaus, Belém, Macapá, Grande São Luís, Fortaleza, Natal, João Pessoa, Recife, Maceió, Aracaju, Salvador, Belo Horizonte, Grande Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Vale do Rio Cuiabá e Goiânia, e também de Brasília e da Região Administrativa Integrada de Desenvolvimento da Grande Teresina.

“Faz o L!!! A desigualdade e pobreza registraram, em 2024, os menores níveis já medidos nas regiões metropolitanas do Brasil desde 2012. É o que atesta a 16ª edição do Boletim Desigualdade nas Metrópoles. É o Brasil avançando com Lula!”, postou o senador Humberto cosa (PT-PE) em seu perfil na rede X.

Benefícios para a base da pirâmide

O professor destaca também o retorno da política de valorização real do salário mínimo e controle da inflação. “A gente sabe que faz diferença principalmente nas camadas mais baixas”, apontou o pesquisador.

Cerca de 80 milhões de brasileiros vivem nas grandes metrópoles, que concentram mais de 40% da população. “Dentro das regiões metropolitanas estão alguns dos maiores desafios para consolidar a cidadania no Brasil, em especial para as camadas mais pobres. E quando a gente analisa a desigualdade dentro dessas regiões, a gente tá falando daquela desigualdade que o morador encara diariamente”, ressaltou.

Apesar da queda na diferença entre os dois extremos da pirâmide, a distância entre eles continua bastante expressiva. Os 10% mais ricos tiveram rendimentos 15,5 vezes maiores do que os 40% mais pobres em 2024, segundo o estudo. O coeficiente de Gini acima de 0,5 é um nível de desigualdade muito alto e a taxa de pobreza nas metrópoles é de quase 20%, informou o professor.

“Tudo isso indica uma situação social que não é nada desejável. Então, se a gente olhar só a foto não há nada a se comemorar. Agora, quando você olha o movimento dos últimos anos, ou seja, o filme dos últimos anos, aí a gente tem motivos para se alegrar um pouco mais, e ser um pouco mais otimista, porque é um movimento de melhoria, de redução da pobreza, de aumento da renda média”, avaliou.

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