Educação

Educação brasileira terá ação coordenada nos moldes do SUS

Com apoio da bancada petista, Senado concluiu votação do Sistema Nacional de Educação

Alessandro Dantas

Educação brasileira terá ação coordenada nos moldes do SUS

Teresa Leitão disse que Sistema Nacional de Educação é passo estratégico do país

União, estados, Distrito Federal e municípios deverão atuar de modo articulado em um Sistema Nacional de Educação (SNE), cuja votação foi concluída nesta terça-feira (7/10), com apoio dos senadores do PT. O sistema funcionará nos moldes do SUS, garantindo a autonomia federativa, para assegurar direito à educação, justiça social, democratização e valorização dos profissionais da educação.

“O SNE não vai resolver todos os problemas, mas é uma referência importantíssima para a organização da União, dos estados e dos municípios. Nós precisamos de todos e de todas, para alcançar os patamares necessários e importantes para dizer que a educação no Brasil é um direito, que nenhuma criança vai ficar sem escola, que nenhum adolescente vai ficar sem estudar”, afirmou a senadora Teresa Leitão (PT-PE), presidente de Comissão de Educação e Cultura do Senado, ressaltando a importância do projeto.

Pelo texto aprovado, caberá à União coordenar o SNE e a política nacional de educação. Os estados coordenam seus sistemas e definem a oferta obrigatória de ensino fundamental juntamente com os municípios. E os municípios organizam seus sistemas e cooperam com os demais entes.

O projeto, que segue para sanção presidencial, cria comissão composta paritariamente por União, Estados e Municípios, para pactuar temas como o padrão mínimo de qualidade e a metodologia para cálculo do custo por aluno, referencial para repasses e financiamento do setor. Outra novidade importante é a Infraestrutura Nacional de Dados da Educação, para o compartilhamento dos dados educacionais, utilizando o CPF como identificador único do estudante.

O sistema de avaliação, coordenado pela União, também será prioridade no SNE e englobará avaliações específicas para planos decenais, educação básica, educação superior e pós-graduação.

Teresa Leitão disse que o SNE é fundamental para que o Brasil mude seu patamar educacional. E antes de tudo uma manifestação “de intencionalidade estratégica” para o país. “A educação recebe da dinâmica social demandas para se atualizar, e também precisa interferir na transformação da sociedade, tornando-a mais inclusiva, mais humana e ativa no respeito ao direito à educação de todos sem nenhuma discriminação”, afirmou Teresa Leitão.

O projeto trata também da educação escolar indígena, que deve ser bilíngue e intercultural, respeitando línguas e culturas próprias; e quilombola, valorizando formas próprias de produção e transmissão de saberes.

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