Senadores petistas comemoram garantia dos direitos dos trabalhadores

“Podemos, neste 1° de maio, comemorar este
salário mínimo em torno de US$ 350,00, que
tem uma política permanente de reajuste”

Os setenta anos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e suas consequências para a garantia dos direitos dos trabalhadores brasileiros foram tema dos pronunciamentos de senadores petistas nesta segunda-feira (29).  A CLT completa 70 anos de vigência nesta quarta-feira (01º).

O líder do Governo no Congresso Nacional, José Pimentel (PT-CE), lembrou a longa jornada percorrida pelos trabalhadores brasileiros na busca de seus direitos e como a CLT conseguiu reunir e formar uma rede de proteção que dá garantias a quem trabalha. 

O senador Paulo Paim (PT-RS) prestou homenagem aos trabalhadores e lembrou que a data remete às lutas por melhores condições de vida e de trabalho e ao combate a todo tipo de injustiça. “Não há conquista social relevante que não tenha em sua origem uma participação importante dos trabalhadores”, disse.

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“Não há conquista social relevante que não
tenha em sua origem uma participação
importante dos trabalhadores”

Paim também voltou a defender a jornada de trabalho de 40 horas semanais, medida que poderia gerar três milhões de novos empregos, e o fim do fator previdenciário, que reduz o valor das aposentadorias. O senador disse que o nível de emprego, o salário e a jornada de trabalho são variáveis decisivas para avaliar um país, com grande potencial de transformação da sociedade. Ele também insistiu que é contra a flexibilização da CLT. “A CLT foi e continua sendo uma questão de justiça com o trabalhador brasileiro”, disse.

Remédios anticrise
O senador gaúcho observou que a valorização do salário mínimo, o incentivo ao mercado interno e a sustentação do emprego estão ajudando o Brasil a enfrentar a crise econômica mundial. Em 2023, disse Paim, o salário mínimo brasileiro será de US$ 1 mil, se for mantida a atual política de reajuste.

Paim comemorou o fato de o desemprego no Brasil ter ficado em 4,6% no final do ano passado, contra cerca de 26% em alguns países da Europa. Ele acrescentou que a informalidade também vem apresentando queda contínua no mercado de trabalho brasileiro: registrava 51% em 2001, contra 45% em 2011.

José Pimentel também mencionou a valorização do salário mínimo: “Podemos, neste 1° de maio, comemorar este salário mínimo em torno de US$ 350,00, que tem uma política permanente de reajuste, um reajuste que nos traz a inflação, disse

Ele lembrou que nos anos 80 e anos 90, a luta dos sindicalistas era para receber a reposição de parte da inflação como correção salarial. “E eu me lembro muito bem dos decretos-leis do final dos anos 70, durante os anos 80, que determinavam que, na data base, tanto o salário mínimo como os trabalhadores não receberiam a inflação integra”, recordou o líder.

Pimentel ainda comemorou o pleno emprego conquistado pelo Brasil; “Se nós observarmos de 2003 para cá, já são mais de 19 milhões de empregos formais, empregos com carteiras assinadas, empregos de verdade, em que o Brasil gerou acima do saldo que nós tínhamos no início daquele ano, sem esquecer de que, nesse período, tivemos a segunda maior crise econômica que a humanidade assistiu. A primeira foi a quebra da Bolsa de Valores norte-americana, como todos nós sabemos, na década, em 1929, e a segunda, agora em 2008, quando, novamente, o sistema financeiro norte-americano entrou em colapso, trazendo uma grave crise para as economias centrais, em especial as chamadas economias do Mercado Comum Europeu”, afirmou.

 

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