Editora UNESP / Divulgação

Clara Charf e o marido Carlos Marighella
O Partido dos Trabalhadores lamenta profundamente a morte de Clara Charf, aos 100 anos, uma das fundadoras do PT, símbolo de coragem e resistência na luta por um Brasil mais justo, democrático e igualitário.
Clara dedicou toda a sua vida às causas populares. Militante política desde os 20 anos, filiou-se ao Partido Comunista Brasileiro (PCB) aos 21, onde conheceu seu companheiro de vida e de luta, Carlos Marighella. Ao lado dele, enfrentou a clandestinidade, a repressão e a violência da ditadura militar a partir de 1964.
Integrante da Ação Libertadora Nacional (ALN), foi perseguida pelo regime e, após o brutal assassinato de Marighella, em 1969, precisou se exilar em Cuba, onde viveu por dez anos sob identidade falsa, trabalhando como tradutora.
Laisy Moriére: Clara Charf, simples assim!
Com a Lei da Anistia, retornou ao Brasil em 1979 e ajudou a construir o PT, o partido que apresentou um novo projeto político para o país.
Em 1982, foi candidata a deputada federal. Feminista incansável, Clara atuou na Secretaria Nacional de Mulheres do PT, integrou o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher e presidiu a organização Mulheres Pela Paz, fundada por ela em 2003, referência na luta contra a violência de gênero e na promoção do protagonismo feminino.
Nascida em 17 de julho de 1925, Clara completou recentemente 100 anos. Foi um século de vida dedicado à liberdade, à justiça social, ao enfrentamento ao fascismo e à defesa intransigente dos direitos humanos. Sua história se confunde com a da resistência democrática brasileira.
Clara Charf: 100 anos de luta política da mulher que rompeu o cerco da tradição machista
Clara Charf parte, mas deixa um legado que jamais será apagado. Sua trajetória continuará a inspirar gerações de militantes, mulheres e jovens.
Nossa solidariedade aos familiares, amigas, companheiras e companheiros de caminhada.
Clara Charf: presente, hoje e sempre.



