regulamentação

Aprovado projeto de Jaques Wagner sobre participação de empregados na gestão da empresa

Regulação prevista na Constituição foi inspirada em lei aplicada a empresas públicas e de economia mista

Alessandro Dantas

Aprovado projeto de Jaques Wagner sobre participação de empregados na gestão da empresa

Para o senador Jaques Wagner, regulamentação da norma pode facilitar o cumprimento da função social da propriedade e proporcionar um equilíbrio maior nas relações de trabalho

A Comissão de Assuntos Socais (CAS) aprovou projeto de lei (PL 1.915/2019) do senador Jaques Wagner (PT-BA) que regula a participação de representante dos trabalhadores na gestão da empresa. A medida, prevista na Constituição Federal, pode seguir diretamente para votação na Câmara dos Deputados caso não haja pedido para análise no Plenário.

O líder do governo no Senado lembra que a participação dos empregados na gestão é um direito constitucional de trabalhadores urbanos e rurais, além de considerar que a regulamentação da norma pode facilitar o cumprimento da função social da propriedade e proporcionar um equilíbrio maior nas relações de trabalho.

“França e Alemanha normatizaram esse direito, que pode resultar em diversas formas de colaboração entre empregados e empregadores, além de ser uma medida aprovada por grandes doutrinadores do trabalho”, enfatizou o senador.

O relator da proposta, senador Fabiano Contarato (PT-ES), afirmou que a medida se aplica às empresas com mais de 500 empregados.

“A maior parte das regras dependerá do que for ajustado entre as categorias profissionais em convenções e acordos coletivos de trabalho. As partes terão a flexibilidade necessária para encontrar os parâmetros mais positivos de convivência administrativa”, detalhou Contarato.

O relatório traz uma emenda ao projeto de lei para que sua aplicação não se estenda aos empregados de empresas regidas pela lei 12.353/2010. Contarato explicou que tal legislação trata da participação dos empregados nos conselhos de administração das empresas públicas e sociedades de economia mista, suas empresas e controladas, além daqueles em que a União detenha a maioria do capital social com direito a voto. Ele explicou inclusive que a lei gerou experiências positivas que inspiraram a proposta de Jaques Wagner.

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