Alessandro Dantas

Quem não lembra dos profetas da tragédia iminente para o Brasil com a eleição do Lula? Antes mesmo da campanha eleitoral de 2022, as “pitonisas do mercado”, integrantes ou a serviço da extrema direita, passaram a disseminar discursos aterrorizando a população brasileira sobre o apocalipse contratado para o país caso Lula voltasse à presidência.
Anda em 2021, o pior ministro da fazenda do pior governo da nossa história declarou que, com Lula, o Brasil se tornaria uma Argentina em seis meses e, em um ano e meio, seria uma Venezuela. Pois bem, repudiando a métrica preconceituosa e debochada usada por Guedes com relação aos nossos amigos sul americanos, fato é que desde 2023 a sociedade brasileira passou a experimentar período de melhoras expressivas nas suas condições de vida.
O governo Lula 3 redinamizou a atividade econômica, diversificou/fortaleceu os programas sociais, e definiu ganhos reais ao salário mínimo que, no conjunto, criaram as bases para o atual ciclo socioeconômico virtuoso no Brasil.
Em 2023, em contraste com as projeções apocalípticas do mercado, o PIB cresceu 3.2%. Em 2024, o PIB cresceu 3.4% e, em 2025, em que pese as turbulências econômicas e geopolítica globais, o Brasil deverá crescer 2.4% de acordo com estimativas recentes da OCDE. Isto, em que pese a cantilena cansativa da inevitável implosão do quadro fiscal no Brasil.
Há poucos dias, o IBGE anunciou a menor taxa de desemprego da história no Brasil (5.4%) e que a renda do trabalho igualmente alcançou níveis recordes. No dia 04 de dezembro a Bolsa de Valores ultrapassou pela primeira vez os 164 mil pontos, devendo manter o crescimento em conformidade com o cenário de crescimento sustentável do país.
Com Lula, as nossas reservas internacionais, por ele mesmo criadas desde o Lula1, subiram de 324 bi em 2022 para 360 bilhões na posição de 28 de novembro de 2025. Entre outros aspectos positivos o fato reforça a proteção da economia brasileira às turbulências externas.
No cenário de contradições entre diagnósticos e prognósticos da Faria Lima e a realidade brasileira, no início deste ano, o mercado previa inflação de 6% para 2025. O ano terminará com uma taxa entre 4% e 4.4%. No caso dos alimentos temos 5 meses seguidos de deflação, e assim, com o IPCA da comida para 2025 estimado em 1.35%, enquanto o mercado estimava taxa entre 8% e 9%.
Os dados da Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2024, publicado nesta semana pelo IBGE, expõem que o Brasil atingiu os menores níveis de pobreza e extrema pobreza da história. Entre 2023 e 2024, a parcela da população em extrema pobreza caiu de 4,4% para 3,5%, redução absoluta equivalente a 1,9 milhão de pessoas. Já a pobreza recuou de 27,3% para 23,1%, o que significou 8,6 milhões de brasileiros a menos nessa condição.
Com essas conquistas, os setores da mídia associados aos “mercados da extrema direita”, passaram a diagnosticas como responsável pelo fenômeno, o aumento no valor do Bolsa Família em 2021. Que bom que pelo menos reconheceram méritos a um extraordinário programa criados pelos governos do PT que serviu de inspiração para estratégias de combate à pobreza extrema em várias partes do mundo. Porém, simplesmente ignoraram pesquisa recente do IPEA demonstrando que, nos últimos anos, salários e renda do trabalho tiveram impacto maior na distribuição de renda do que programas assistenciais, como o Bolsa Família. Portanto, apesar das conspirações internacionais e no Congresso da ultradireita contra o Brasil, os brasileiros terminarão 2025 com esperança no futuro. E iniciarão 2026 com milhões de famílias beneficiadas pela isenção/redução do Imposto de Renda e convencidas a finalizar o ano chancelando a continuidade do projeto de redenção do Brasil. Extrema direita, nunca mais!



