Presidente em exercício homenageia Camões e lamenta que a crise econômica na Europa imponha desemprego e pesados sacrifícios ao povo português
A crise econômica que atinge a Europa e vem impondo pesados sacrifícios ao povo português foi tema de discurso do presidente em exercício do Senado, Jorge Viana (PT-AC). Ele subiu à tribuna na tarde desta segunda-feira, 10 de junho, para celebrar o Dia Nacional de Portugal – data em homenagem ao escritor e herói português Luís de Camões – e lembrar as ligações históricas entre os dois países. A presidenta Dilma Rousseff e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), estão em Lisboa em missão oficial.
“Mais do que nunca, nesta data nacional de Portugal, acho importante que o Brasil possa, através da nossa presidenta, firmar cooperação, aproximando nossa relação com Portugal e, de alguma maneira, colaborando para que haja cooperações na área econômica”, disse Jorge Viana.
Presidente em exercício do Senado, Jorge Viana acredita que o Brasil pode ajudar Portugal a enfrentar a superar a crise econômica. Ele participa da recepção promovida pela Embaixada de Portugal, na noite desta segunda, em Brasília, a convite do embaixador Francisco Ribeiro Teles, representando o Senado Federal.
“Portugal, hoje, enfrenta uma tremenda crise, um enorme desafio, como toda a União Européia”, lamentou. Ele comentou que Portugal está sofrendo mais os efeitos da crise porque a economia está mais frágil. “O país hoje tem indicadores socioeconômicos preocupantes”, disse. “É duro ver que a receita que alguns passam para a população num momento de crise econômica é cortar as conquistas sociais”.
O senador comentou que houve cortes na seguridade social e nos serviços de saúde. “A população, que já enfrentava dificuldades, vê suas dificuldades multiplicadas”, destacou. “Daí a importância de termos lá uma delegação com o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, e com a presidenta Dilma”.
Viana comentou que Brasil e Portugal vivem situações muito distintas. Enquanto a crise econômica promove revés nas políticas sociais em Portugal, o governo brasileiro amplia políticas que permitem garantir uma situação de quase pleno emprego e políticas públicas de garantia do bem estar social.
“A situação de Portugal é delicada, porque as estimativas são de uma piora maior ainda, por conta dos remédios que se aplicam”, ressaltou. “O crescimento econômico é decrescente. A economia vai sempre encolhendo”. Ele lembrou que Paul Krugman, Prêmio Nobel de Economia, escreveu no New York Times que Portugal vive um “pesadelo econômico-financeiro”.
Jorge Viana comentou que, por tudo isso, é saudável que o Brasil amplie e aprofunde suas relações diplomáticas, econômicas e culturais com Portugal. Ele lembrou que os dois países cultivam há muitos anos um bom ambiente de negócios com Portugal. “Isso vem sendo estimulado pela presidenta Dilma”, declarou.
(Da Assessoria do Gabinete do senador Jorge Viana)