O Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) registrou em janeiro o melhor superávit primário – economia para pagar os juros da dívida pública – da série histórica para o mês, com R$ 26,146 bilhões. O resultado representa 24% da meta para o Governo Central em 2013, de R$ 108 bilhões. “É um resultado muito expressivo. Além de ser o maior janeiro da história, é o segundo maior superávit primário da história. Só é menor do que o primário de dezembro do ano passado [R$ 28,3 bilhões]”, comemorou o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin. Em janeiro do ano passado, o superávit primário foi R$ 20,815 bilhões, diferença de, aproximadamente, R$ 5,3 bilhões.
De acordo com os números do Tesouro Nacional divulgados nesta terça-feira (26), o resultado de janeiro reflete o aumento de R$ 8,5 bilhões no superávit do Tesouro Nacional, e de R$ 22,7 milhões no superávit do Banco Central (BC), com um aumento de R$ 3,2 bilhões no déficit da Previdência Social.
GRÁFICO
O Tesouro informou ainda que as receitas do Governo Central apresentaram crescimento de R$ 14,9 bilhões (14,5%), ante janeiro de
As transferências a estados e municípios continuaram estáveis, em janeiro, no valor de R$ 15,6 bilhões ante janeiro de 2012. As despesas do Governo Central, na mesma comparação, cresceram R$ 9,6 bilhões (14,5%), com destaque para o crescimento nas despesas da Previdência Social, que tiveram um acréscimo de R$ 5 bilhões (22%) e de R$ 4,3 bilhões (16,2%) nas despesas de custeio e capital.
Definido como economia para pagar os juros da dívida pública, o superávit primário está sujeito a metas desde o fim da década de 1990. O esforço fiscal permite ao governo reduzir o endividamento no médio e longo prazo.
Inadimplência
As condições para que haja queda nas taxas de inadimplência (atrasos nos pagamentos) continuam favoráveis, segundo afirmou o chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel. A expectativa se baseia na capacidade dos tomadores de crédito de honrar compromissos, com aumento de salários e a redução nas taxas de desemprego. Maciel citou ainda que a influência da taxa básica de juros, a Selic, no menor patamar histórico (7,25% ao ano), “ainda se fará sentir”.
De acordo com os dados do BC, a taxa de inadimplência total (pessoas físicas e jurídicas) ficou estável em 3,7%,
Depois de 10 meses de queda, a taxa média de juros do crédito total do sistema financeiro subiu 0,5 ponto percentual, para 18,5% ao ano. Na do BC, esse aumento “não é tão expressivo”. “A gente precisa aguardar mais dados para delinear o comportamento das taxas de juros ao longo deste ano”, disse Maciel.
Crédito
Os números divulgados pelo BC mostram ainda que o estoque de crédito no Brasil manteve-se praticamente estável em janeiro deste ano, fechando o mês em R$ 2,367 trilhões, após crescer 2,4%
Com agências onlines