“O PSDB quer fazer acontecer aquele |
As críticas infundadas e constantes da oposição e os ataques desferidos por alguns setores da mídia contra a Petrobras motivaram pronunciamentos veementes do senador Aníbal Diniz (PT-AC). Nesta segunda-feira (04), ele questionou o comportamento de quem insiste em defender a tese de que a empresa estaria à beira da falência. E dirigiu suas críticas à oposição: “a nosso ver, parece que o PSDB tem uma intenção deliberada de enfraquecer a Petrobras para satisfazer a ganância daqueles que a querem privatizada, assim como já privatizaram tantas outras empresas que poderiam estar dando lucro para o Brasil, como está dando lucro a nossa Petrobras. Eles tentam agora diminuir a Petrobras para favorecer a sanha daqueles que querem a Petrobras privatizada”, atacou, rebatendo o pronunciamento anterior do líder tucano, Álvaro Dias (PR). Em seu discurso, Dias fez questão de enfatizar o que chamou de “declínio” da empresa.
Irritado, o senador petista fez questão de lembrar que, ao contrário do que “denuncia” a oposição, a situação da Petrobras está longe de ser deficitária. “Ela (a Petrobras) teve um lucro líquido, em 2011, de US$ 33 bilhões. Em 2012, esse lucro líquido foi reduzido em 36%. Ela teve uma redução do lucro líquido; ela não entrou em déficit; ela não está em declínio, como acabou de dizer aqui o senador Álvaro Dias”, disse.
Aníbal disse ainda que os lucros da Petrobras podem até ter sido menores em 2012 que no ano anterior. “Mas ela deu a contribuição social para que, por exemplo, a gasolina para o consumidor brasileiro fosse a um preço acessível, porque se ela tivesse que se pautar apenas pelo lucro, certamente a gasolina utilizada pelo consumidor brasileiro estaria hoje a um preço muito maior”, justificou, lembrando que a empresa está expandindo seus poços e refinarias e isso implica gastos que vão se reverter em avanços em curto e médio prazo.
O senador fez questão de reiterar sua confiança na condução dos rumos da empresa, tanto pela presidenta Dilma Rousseff quanto pela presidenta da Petrobras, Graça Foster, lembrando a sinceridade de Foster, que, em entrevista recente, reconheceu que a empresa passava por momentos de turbulência, mas que esses momentos seriam enfrentados e superados. “O PSDB quer fazer acontecer aquele chamado fenômeno estouro da manada, que é como se fosse um susto que fizesse todo mundo correr ao mesmo tempo e causar, inclusive, um risco nacional, mas não há motivo para isso”, garantiu, insistindo que a Petrobras é uma empresa sólida.
Foi a segunda vez que o senador acreano subiu à tribuna para esclarecer que não há nada que leve à crença de que a Petrobras enfrenta risco iminente. Há pouco mais de duas semanas, Aníbal já havia alertado para o fato que os recentes resultados financeiros da empresa estavam sendo tratados como “prejuízo”. “Pelo que se lê em boa parte dos grandes jornais e revistas, parece que a empresa estaria à beira da falência” por má gestão dos governos do PT, alertava o senador ainda no dia 14 do mês passado, quando lembrou que a redução dos lucros da empresa teve relação direta com a valorização cambial e o aumento do preço dos derivados de petróleo no mercado internacional.
Nos últimos 10 anos, a Petrobras apresentou um desempenho extraordinário – a produção de óleo nacional aumentou em 73%, enquanto a produção mundial da mesma commodity aumentou em apenas 12%. O mesmo ocorreu com a produção de gás natural, incrementada em 61%, diante de uma produção internacional de 36%. As reservas provadas de gás e petróleo do Brasil aumentaram 73%, ao passo que as reservas mundiais se ampliaram em 38%. Nos últimos cinco anos, mais de 50% das descobertas de novas jazidas de óleo e gás foram feitas em águas profundas, e a Petrobras é responsável por 63% dessas descobertas.
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