“A nossa prevenção hoje avisa as pessoas”, |
Ações ‘mais drásticas’ em áreas de risco por chuvas. Esta defesa foi feita pela presidenta Dilma Rousseff ao tomar conhecimento, em viagem ao Vaticano, da tragédia que ocorre no Rio de Janeiro em função das fortes chuvas que atingiram o estado e provocaram diversos deslizamentos. Para a presidenta, medidas um pouco mais drásticas devem ser tomadas para impedir que as pessoas insistam em ficar em áreas consideradas de risco, na tentativa de reduzir o número de vítimas de enchentes.
Segundo ela, só com ações mais rigorosas será possível diminuir a quantidade de vítimas. A presidenta conversou com o governador do Rio, Sérgio Cabral Filho, e a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. E a Força Nacional de Defesa Civil já está a caminho a cidade de Petrópolis, na região serrana do Rio, local mais atingido. “Eu acho que terão que ser tomadas medidas um pouco mais drásticas para que as pessoas não fiquem nas regiões que não podem ficar, porque aí não tem prevenção que dê conta”, disse a presidenta, que está em Roma para participar nesta terça-feira (19) da cerimônia que marca o começo do pontificado do papa Francisco.
Dilma disse que o serviço de prevenção |
Dilma disse que o serviço de prevenção no País atua, sobretudo, por meio de alerta para as pessoas que vivem em áreas de risco. “A nossa prevenção hoje avisa as pessoas”, disse ela, lembrando que foi informada por Cabral que dois funcionários da Defesa Civil morreram em serviço ao tentar retirar pessoas de áreas de risco. “Os dois servidores públicos que morreram, a gente tem que honrá-los, porque estavam justamente tentando retirar essas pessoas [que vivem em área de risco]. É uma questão de conscientizar”, disse a presidenta. “O problema é que muitas vezes as pessoas não querem sair [das áreas onde vivem]. É uma situação muito difícil, porque choveu 300 milímetros, é quase o tanto que chove em um ano em algumas partes do Brasil e choveu em um dia em Petrópolis”.
Dilma disse que é impossível impedir desastres naturais, mas o esforço é evitar a sequência de dramas que costuma ocorrer devido aos acidentes da natureza. “O homem não tem condição de impedir desastres naturais. O que ele [o homem] tem que impedir é a consequência dos desastres. É isso que a gente tem lutado para fazer no Brasil”, disse, citando os sistemas de satélite, de pluviômetros e da articulação das defesas civis no país.
A presidenta se disse informada sobre as enchentes. Segundo ela, a ministra da Casa Civil tomou as providências, por meio da liberação de recursos, para minimizar os problemas. “A ministra Gleisi Hoffmann está provendo todos os recursos necessários para que não haja mais vítimas, para que se minimize isso”.
Chuvas devem continuar na região serrana do Rio por mais um dia, segundo o Inmet
A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta segunda-feira que medidas “mais drásticas” sejam tomadas para retirar moradores de áreas de risco durante a ocorrência de temporais.
A declaração foi feita durante uma visita a Roma, depois que subiu para 13 o número de mortos pelas chuvas que atingem segundo a Secretaria Estadual de Defesa Civil.
Governo estadual
O governo estadual também enviou reforços ao local. “Reforçamos o número de bombeiros militares com a ida do Grupamento de Salvamento. Colocamos todo o maquinário do Inea (Instituto Nacional do Ambiente), que já se encontra em Petrópolis, para as eventuais necessidades nas áreas atingidas. Todo o governo foi acionado”, disse Cabral.
O governador anunciou ainda a liberação imediata de R$ 3 milhões para Petrópolis, onde já há mais de 500 pessoas desabrigadas. Cabral também fez um alerta à população local: “Estamos em alerta máximo devido aos risco iminente. Por isso, faço um apelo para que as pessoas saiam das casas, não fiquem em residências em áreas de risco.” Ele deve visitar a cidade ainda nesta segunda-feira.
Com informações da Agência Brasil e da BBC Brasil