A produção industrial registrou queda em 11 dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em fevereiro de 2013, já descontadas as influências sazonais, segundo pesquisa divulgada nesta sexta-feira (5). No mês, a atividade fabril caiu 2,5%.
A queda mais acentuada foi assinalada por Minas Gerais (-11,1%), que eliminou a expansão de 1,5% observada no mês anterior, seguida por Bahia (-3,7%), Ceará (-3,2%), Pernambuco (-3,2%) e Pará (-2,5%). Paraná (-2,2%), Região Nordeste (-2,0%), Espírito Santo (-1,8%), Rio de Janeiro (-1,5%), Amazonas (-1,2%) e São Paulo (-0,5%) completaram o conjunto de locais com taxas negativas, mas menos intensas do que a média nacional (-2,5%). Por outro lado, Goiás (5,0%), Rio Grande do Sul (2,1%) e Santa Catarina (0,4%) registraram avanços nesse mês.
Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria repetiu no trimestre encerrado em fevereiro de 2013 (0,0%) o patamar registrado no mês anterior, após assinalar variação positiva de 0,4% em janeiro. Em termos regionais, ainda em relação ao movimento desse índice na margem, oito dos 14 locais apontaram taxas positivas, com destaque para Goiás (4,3%), Rio Grande do Sul (2,3%), Ceará (1,4%) e Paraná (1,3%). Por outro lado, Minas Gerais (-3,6%), Espírito Santo (-1,5%) e Região Nordeste (-0,9%) mostraram as perdas mais acentuadas no mês.
ILUSTRAÇÃO: Imagem “Produção Industrial”, pasta fotos
Na comparação com igual mês do ano anterior, a produção industrial nacional recuou 3,2% em fevereiro de 2013, com dez dos 14 locais pesquisados apontando queda na produção. Nesse mês, as taxas negativas mais intensas foram observadas no Espírito Santo (-13,4%), Minas Gerais (-9,8%) e Pará (-7,2%), pressionadas em grande parte pelo comportamento negativo dos setores de metalurgia básica (lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono) e alimentos e bebidas (produtos embutidos de carnes de suínos e bombons), no primeiro local; veículos automotores (automóveis), metalurgia básica e indústrias extrativas (minérios de ferro), no segundo; indústrias extrativas (minérios de ferro e minérios de alumínio) e celulose, papel e produtos de papel (celulose), no último. Pernambuco (-6,0%), Paraná (-5,5%), Região Nordeste (-4,1%), Santa Catarina (-3,3%), Amazonas (-3,2%), Bahia (-2,2%) e São Paulo (-0,8%) completaram o conjunto de locais que assinalaram taxas negativas nesse mês. Por outro lado, Goiás (9,1%) mostrou a expansão mais elevada, seguido por Rio de Janeiro (3,6%), Rio Grande do Sul (2,0%) e Ceará (0,9%).
No acumulado para o primeiro bimestre do ano, a expansão na produção nacional alcançou sete dos 14 locais pesquisados, com seis avançando acima da média nacional (1,1%): Rio de Janeiro (8,3%), Ceará (8,0%), Bahia (2,6%), Goiás (2,4%), São Paulo (2,2%) e Rio Grande do Sul (1,5%). A Região Nordeste, com variação positiva de 0,2%, completou o conjunto de locais com taxas positivas no índice acumulado dos dois primeiros meses de 2013. Nesses locais, o maior dinamismo foi particularmente influenciado por fatores relacionados ao aumento na fabricação de bens de capital (especialmente caminhões e caminhão-trator) e de bens de consumo duráveis (automóveis), além da maior produção vinda dos setores de refino de petróleo e produção de álcool, alimentos, produtos têxteis e calçados. Por outro lado, Espírito Santo (-10,7%) e Paraná (-4,7%) assinalaram as perdas mais acentuadas, refletindo especialmente a menor produção dos setores de metalurgia básica, alimentos e bebidas e celulose, papel e produtos de papel, no primeiro local, e de edição, impressão e reprodução de gravações (livros), no segundo. Também com resultados negativos figuraram: Amazonas (-2,6%), Pernambuco (-2,0%), Pará (-1,2%), Santa Catarina (-0,4%) e Minas Gerais (-0,1%).
No índice acumulado nos últimos doze meses, o total nacional apontou queda de 1,9% em fevereiro, reduzindo a intensidade de queda frente aos resultados de dezembro de 2012 (-2,6%) e janeiro (-2,0%). Em termos regionais, nove dos 14 locais pesquisados também mostraram taxas negativas em fevereiro desse ano, mas sete assinalaram maior dinamismo frente ao índice de janeiro. Os resultados negativos mais acentuados nesse mês foram registrados por Espírito Santo (-7,6%), Amazonas (-6,9%), Paraná (-6,0%) e Rio Grande do Sul (-4,4%), enquanto Bahia (2,7%) e Goiás (2,0%) apontaram as expansões mais elevadas.
Fonte: IBGE