Baixa renda impulsiona alta de 5,8% na procura por crédito

A procura por crédito por consumidores que
ganham até R$ 500 mensais aumentou 12,2%
e os que recebem entre R$ 500 e R$ 1.000
cresceu 8,2%

A demanda dos consumidores por crédito cresceu 5,8% no primeiro trimestre de 2013, aponta a pesquisa da Serasa Experian divulgada nesta terça-feira (9), confirmando a recuperação iniciada no fim do ano passado. Os consumidores com renda de até R$ 1.000 por mês foram os principais impulsionadores desse crescimento, apurou a pesquisa.

 

A procura por crédito por consumidores que ganham até R$ 500 mensais aumentou 12,2% e os que recebem entre R$ 500 e R$ 1.000 cresceu 8,2%. Em contrapartida, os que ganham entre R$ 2.000 e R$ 5.000 mensais registraram alta de 1,3%, e os que recebem mais que R$ 10 mil tiveram crescimento de 1,2%. “Os consumidores estão voltando ao mercado de crédito, e isso coincide com a redução nos índices de inadimplência”, afirma Luiz Rabi, economista da Serasa Experian.

A melhora nos indicadores de inadimplência e o bom momento do mercado de trabalho estão estimulando uma recuperação do mercado de crédito, após uma sequência de quedas observada em 2012.

Após forte alta no crédito em 2010 e 2011, houve um avanço no endividamento das famílias e a inadimplência dos consumidores atingiu níveis recordes no ano passado. Priorizando o pagamento dos débitos existentes, os consumidores evitaram pedir novos empréstimos.

A diminuição no crédito e seu impacto no consumo contribuíram para o fraco desempenho da economia brasileira em 2012, mas o apetite por crédito voltou a subir no fim do ano e o indicador cresceu 5,9% no quarto trimestre.

“O crédito é uma alavanca importante para o consumo. Essa volta do crédito ajuda a reativar a economia”, diz Rabi.

Em março, o indicador registrou queda de 1% também na comparação anual – segundo a Serasa, devido ao feriado da Páscoa e ao menor número de dias úteis. Se ajustado o número de dias úteis, a procura por crédito cresceu 8,9% no mês passado.

De fevereiro para março, a alta foi de 11,3%.

O indicador é construído a partir de uma amostra de CPFs consultados mensalmente na base de dados da Serasa.

Com informações da Folha online

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