Com crescimento econômico, renda da população vai dobrar

Nelson Barbosa faz projeções otimistas sobre desempenho da economia, que, para ele, se recuperou.

Com crescimento econômico, renda da população vai dobrar

trabalhador

O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa está otimista. Segundo ele, se a economia brasileira mantiver o ritmo de crescimento anual – atualmente entre 4% e 5% ao ano, a renda per capita do País vai dobrar em duas décadas. Ele explicou que, depois de desacelerar no fim do ano passado e no início deste ano, o Produto Interno Bruto (PIB) voltou a registrar este ritmo no segundo semestre. “Este nível de crescimento é essencial para consolidar a sociedade de classe média que está se formando e gerar mais oportunidades de investimento e emprego.” Barbosa acrescentou que o foco da política econômica do Governo será estimular o investimento para sustentar o ritmo de crescimento em 2013.

Tendo como argumento o indicador de prévia do PIB divulgado pelo Banco Central na semana passada, Barbosa foi taxativo: a economia brasileira já se recuperou. “Os dados do terceiro trimestre indicam que o crescimento ficou em 1,15% [de julho a setembro]. Se o ritmo for anualizado [projetado para um período de 12 meses], isso representa 4,7% ao ano”, ressaltou Barbosa, durante a divulgação do balanço da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2).

Para o secretário-executivo, taxas de crescimento do PIB entre 4% e 5% ao ano permitem que a economia continue se expandindo sem pressionar a inflação. “O próprio Banco Central prevê que a inflação convergirá para o centro da meta [4,5%] no terceiro trimestre do ano que vem. Essa faixa de crescimento não compromete a estabilidade macroeconômica”, comentou.

Mais investimentos

Na avaliação do secretário, a recuperação do crescimento só foi possível, por um lado, por causa do aumento dos investimentos proporcionado pelo PAC, e, por outro, por causa das medidas de redução de impostos e de juros tomadas pelo governo desde o início do ano. “As desonerações e a diminuição do custo financeiro reduzem os custos e estimulam a produção e os investimentos”, destacou.

Para este ano, o Ministério da Fazenda trabalha com previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em torno 2 por cento. A projeção atualizada deverá constar no relatório bimestral de avaliação das receitas e despesas do governo, previsto para ser divulgado nesta terça-feira. Em seu último Relatório Trimestral de Inflação, de setembro, o BC estimou para este ano crescimento de 1,6 por cento.

Diante desse cenário, Barbosa informou que o desafio será assegurar o ritmo de expansão, citando como estímulos o programa de concessão de infraestrutura, a redução dos custos da energia elétrica e a proposta de simplificação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), apresentada no início de novembro.

ICMS

Barbosa informou também que ainda neste mês o governo avaliará se será possível neste ano encaminhar ao Congresso a proposta –que não tem a adesão integral dos governadores– de simplificação do ICMS. “Até o fim de novembro, teremos uma proposta construída e haverá a decisão política se encaminhamos a proposta ao Congresso, como será encaminhada ou se não será encaminhada. Sempre vai ter uma divergência, mas (construiremos) uma a proposta que seja a melhor para a maioria”, disse.

No início deste mês, o Ministério da Fazenda apresentou uma proposta de reforma do ICMS, sugerindo aos governadores a redução das alíquotas interestaduais de 12 e de 7 por cento para 4 por cento de forma gradual.

A ideia foi criticada por governadores do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, que temem prejuízos e perda de competitividade com o fim da possibilidade de usarem incentivos tributários do ICMS como forma de atração de investimentos.

Com informações das agências de notícias

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