Em seu discurso na cerimônia em Malhada, na Bahia, durante a inauguração da Adutora do Algodão, a presidenta Dilma Rousseff apelou diretamente aos pais presentes para que ajudem o País a superar as barreiras que hoje impedem a ampla alfabetização das crianças. Enfatizando que essa participação é essencial para a família acompanhar o desenvolvimento da criança na escola, Dilma destacou que a educação é fundamental para garantir o progresso e os avanços no país – objetivo principal do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, lançado nesta quinta-feira, com a meta de alfabetizar todas as crianças brasileiras até 8 anos
“Peço para as mães e pais que deem incentivo para que eles [meninos e meninas] compareçam à escola”, pediu. “É importantíssimo que a criança vá à escola, que a mãe veja se ela está aprendendo”.
A presidenta enfatizou, ainda, que seu governo está empenhando todos os esforços para garantir que as crianças sejam não só alfabetizadas, mas também tenham condições de interpretar textos e fazer, pelo menos, duas operações matemáticas. Os professores que atuam na área de alfabetização, essenciais para o alcance da meta, foram elogiados na fala presidencial.
“O governo federal vai fazer o possível e o impossível [para garantir que todas as crianças sejam alfabetizadas até 8 anos]”, disse a presidenta. “[A professora que alfabetiza] é a grande heroína do nosso país.”
O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa define o repasse do governo federal no valor de R$ 2,7 milhões para capacitação de professores e aquisição de material didático com a meta de alfabetizar todas as crianças até 8 anos. A presidenta ressaltou ainda que o governo reservou R$ 500 milhões para premiar as escolas e os professores pela qualidade do trabalho realizado.
Pelos dados do Ministério da Educação, a média nacional de crianças brasileiras não alfabetizadas aos oito anos chega a 15,2%. Mas há estados onde o percentual é mais elevado. A taxa de não alfabetização no Maranhão, por exemplo, alcança 34% e a de Alagoas, 35%. As regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste têm índices melhores. O Paraná tem a menor taxa do país: 4,9%.
Com informações da Agência Brasil