Detectar a presença do bacilo causador da tuberculose em apenas duas horas e iniciar imediatamente o tratamento. Essa novidade será possível a partir do mês de abril, quando o Ministério da Saúde passa a oferecer o teste rápido na rede pública de atendimento. Atualmente, o diagnóstico da doença pode levar de um a dois meses.
Cinco estados e o Distrito Federal recebem, a partir desta semana, equipamentos de teste rápido de tuberculose. Todos os municípios e capitais do País, com mais de 130 casos de tuberculose em 2012, receberão o tratamento inicialmente.
Para a implementação da nova tecnologia no Sistema Único de Saúde (SUS), o Ministério da Saúde investiu recursos para a aquisição de testes, computadores de última geração, com leitor de código de barras e impressora e para o treinamento dos profissionais de saúde. Porém, sua aplicação é simples, sem a necessidade de especialização própria.
Nesta segunda-feira (24), Dia Mundial de Combate à Tuberculose, o Ministério anunciou a disponibilização dos testes mais ágeis e lançou a campanha de conscientização para a importância da detecção rápida da doença. O garoto-propaganda é o cantor Thiaguinho, que teve tuberculose e fez o tratamento.
Casos
Em 2013, o País registrou 71.123 novos casos de tuberculose, queda de 20,3% desde 2003. O Brasil ocupa, atualmente, o 16º lugar num ranking de 22 nações consideradas ‘de alta carga’ (onde há grande circulação da doença), mas o 111º comparados a todos os países do mundo. No País, a tuberculose representa a 4ª causa de morte por doenças infecciosas e a primeira causa de morte por doença identificada entre pessoas com HIV.
São mais vulneráveis à doença as populações indígenas – 3 vezes mais -, presidiários – 28 vezes -, moradores de rua – 44 vezes mais, devido à dificuldade de acesso aos serviços de saúde e às condições específicas de vida –, além das pessoas vivendo com o HIV e Aids.
Investimentos
Até maio deste ano, a nova tecnologia para detecção da tuberculose deverá estar presente em 92 cidades estratégicas para o controle da doença, onde se concentram 55% dos casos novos do país. Ao todo, serão 160 máquinas, com capacidade de realizar, juntas, 640 mil testes rápidos ao ano.O Ministério da Saúde está investindo R$ 15 milhões para a implementação do diagnóstico no SUS.
A técnica já foi testada nas cidades de Manaus (AM) e Rio de Janeiro (RJ), com aumento da taxa de detecção. A pesquisa também constatou satisfação dos usuários e profissionais de saúde com a nova tecnologia.
Com informações do Ministério da Saúde, Portal Brasil e Blog do Planalto