O líder do governo no Congresso Nacional, José Pimentel (PT/CE), destacou em pronunciamento na tribuna do Senado, que os resultados positivos das medidas adotadas pelo Governo Federal para neutralizar os efeitos da crise econômica mundial, iniciada há exatos cinco anos, quando em 9 de agosto de 2007 o banco francês BNP Paribas suspendeu a valorização de três de seus fundos de investimentos que tinham como garantia empréstimos hipotecários norte-americanos de elevadíssimo risco chamados de subprime. A crise financeira que se tornou aguda em 2008 poderia afetar o Brasil, mas o ex-presidente Lula decidiu enfrentar a crise estimulando a economia interna. “O Brasil foi um dos últimos da entrar na crise e o primeiro a sair”, recordou.
Na crise atual, dirigida pela presidenta Dilma, a opção brasileira permanece no caminho correto de estimular a economia interna, que tem sido a melhor saída para a crise, ao contrário do que se assiste em países europeus da Zona do Euro. Mesmo sob fortes críticas, Pimentel destacou a coragem tanto do presidente Lula quanto da presidenta Dilma em optar pelos investimentos em infraestrutura e sociais para alavancar o crédito e garantir o aumento do poder de compra das pessoas.
“Em 2007, o Brasil seguiu a sensibilidade de trabalhador e de líder sindical do presidente Lula. Ele considerava que a redução do investimento e a restrição do crédito quebrariam a indústria nacional e levariam o mercado a uma recessão sem precedentes”, disse.
O líder governista afirmou que, em 2011, no novo episódio de crise econômica mundial que atingiu especialmente países europeus e tem apresentado resultados devastadores, o Brasil adotou a mesma receita de enfrentamento. “Novamente o governo adotou uma forma diversa de encarar a crise. As medidas adotadas pela presidenta Dilma, desde a primeira versão do Plano Brasil Maior, tem gerado resultados positivos para a economia”, observou.
Pimentel disse que a nova etapa do Plano Brasil Maior, aprovado nesta semana pelo plenário do Senado, por meio das Medidas Provisórias 563 e 564, vão garantir a retomada do crescimento, da geração de emprego e da melhoria da renda da população. A MP 563/2012, por exemplo, concede isenção tributária a produtos; estabelece regimes fiscais diferenciados e desonera a folha de pagamentos de alguns setores. A MP 564/12, por sua vez, injeta R$ 45 bilhões da União no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para ampliar a capacidade de fornecer crédito de longo prazo. A mesma medida capitaliza o Banco do Nordeste do Brasil (BNB), com aporte de R$ 4 bilhões.
O líder afirmou, ainda, que as medidas fazem parte da grande articulação política que envolve o executivo, o legislativo e a iniciativa privada, responsável pela geração de emprego, pelo pagamento dos salários e pela conseqüente garantia do consumo em todo o País.
Taxa Selic
A redução da taxa de juros foi outra medida importante para estimular a recuperação econômica. Pimentel lembrou que foi um dos que lutou pela inclusão, no texto da Constituição de 1988, de uma taxa real de juros de 12% no artigo 192. Naquela ocasião, o juro beirava 45% ao mês e o ganho real correspondia a quase 26%. “Hoje a Taxa Selic está em 8% ao ano e o juro real, quando se desconta a inflação, é o menor da história brasileira, porque está em menos de 2%. Isso é resultado do esforço de toda a sociedade”.
Confira o discurso feito pelo líder do governo no Congresso Nacional, senador José Pimentel (PT-CE)