A maioria das assembleias dos servidores técnico-administrativos das universidades federais decidiu aceitar a proposta de reajuste salarial feita pelo Governo Federal. Com essa decisão, a categoria deve retornar ao trabalho na próxima segunda-feira (27/08).
De acordo com a Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra), o placar parcial das assembleias realizadas pelo País apontava, no início da tarde desta quarta-feira (22/08), um total de 36 universidades a favor da proposta do Executivo e 14 contra.
“A proposta ficou bem abaixo das nossas reivindicações. A categoria sairá da greve, mas continuará insatisfeita”, disse Paulo Henrique Rodrigues dos Santos, integrante da coordenação geral da Fasubra. “A proposta do governo não corrige as distorções salariais. Seguimos com o menor piso e o menor teto de toda a administração pública federal”, concluiu.
Conforme a proposta do governo, os técnicos das universidades receberão, nos próximos três anos, reajustes de 5% a cada mês de março, o que totaliza um reajuste de 15,8% até 2015.
“Nosso piso salarial chegará a R$ 1.197 daqui a três anos, o equivalente à metade do mínimo necessário recomendado pelo Dieese”, disse Santos.
O encerramento da greve foi uma recomendação do comando nacional da categoria, que sugeriu ainda o retorno unificado ao trabalho no próximo dia
Os servidores técnico-administrativos da Universidade Federal do Paraná e do Instituto Federal do Paraná decidiram, em assembleias realizadas, no último dia 21/08, aceitar a proposta.
Na Universidade Tecnológica Federal do Paraná houve divisão nos resultados das assembleias realizadas na capital e no interior, mas a tendência majoritária é de aceitação da proposta, de acordo com o sindicato. Na Universidade Federal da Integração Latino-Americana os servidores decidiram manter a greve.
A partir da próxima quinta-feira (23/08), com o quadro das assembleias pelo País consolidado, a categoria voltará a discutir o retorno ao trabalho. Segundo o sindicato do Paraná, mesmo aceitando a proposta do governo, algumas universidades podem optar pelo prosseguimento da greve em razão de reivindicações de âmbito local, entre elas, a redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais.
De acordo com o Ministério do Planejamento, a proposta de reajuste feita aos servidores técnico-administrativos das universidades terá um impacto orçamentário de R$ 2,9 bilhões.
Com informações da Agência Brasil