A possibilidade de a oposição apresentar um voto em separado na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) Mista do Cachoeira foi criticada na reunião desta terça-feira (03/07). O deputado federal Silvio Costa (PTB-PE) foi um dos parlamentares que protestou contra o voto em separado. “Senador Álvaro Dias, pare de falar em relatório paralelo. Assim o senhor desgasta a CPI. O relator tem sido muito competente. Isto não é a CPI do Paraguai”, protestou Silvio Costa.
Em resposta, Álvaro Dias (PSDB-PR) negou que tivesse anunciado um voto em separado, para se contrapor ao relatório a ser apresentado pelo deputado Odair Cunha (PT-MG), mas observou que esse é um recurso legítimo que está previsto pelo regimento.
Durante a reunião, senadores cobram investigação contra deputados citados por envolvimento no esquema montado pelo contraventor para cooptar agentes públicos e privados. Para o senador Pedro Taques (PDT-MT), deputados citados na Operação Monte Carlo precisam ser investigados pela comissão. Pelo menos cinco integrantes da Câmara têm sob suspeita seu relacionamento com Carlinhos Cachoeira. Na pauta da comissão, estão diversos requerimentos de convocação e de quebra de sigilos bancário, fiscal e telefônico dos parlamentares.
As investigações da Polícia Federal na Operação Monte Carlo trazem indícios que colocam sob suspeita o relacionamento com Cachoeira dos deputados Rubens Otoni (PT-GO), Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), Sandes Júnior (PP-GO), Stepan Nercessian (PPS-RJ), e Jovair Arantes (PTB-GO). Dos cinco, três são investigados por uma comissão de sindicância criada pela Corregedoria da Câmara: Leréia, Rubens Otoni e Sandes Júnior.
Com agências online