Ex-cunhado de Cachoeira é preso suspeito de ameaçar procuradora

A Polícia Federal, em parceria com o Ministério Público Federal de Goiás (MPF-GO), prendeu, na manhã desta sexta-feira (06/07), Adriano Aprígio de Souza, ex-cunhado do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. A PF suspeita que ele seja o autor de um dos e-mails de intimidação enviados à procuradora da República Léa Batista, que atua na Operação Monte Carlo.

Adriano Aprígio é um dos sócios da empresa farmacêutica Vitapan e já foi convocado para depor à CPMI.

Ele foi indiciado por formação de quadrilha e ocultação de bens, direitos e valores. Segundo a investigação da PF, Aprígio é o principal testa-de-ferro na organização de Cachoeira, tendo ofertado seu nome para ocultar o real patrimônio ilícito do contraventor. Ele teria enviado dois e-mails apócrifos em tom ameaçador à procuradora que atuou na Operação Monte Carlo, que desbaratou o esquema comandada por Carlinhos Cachoeira.

O primeiro foi enviado em 13 de junho, dizendo que Léa Batista teria sido “dura” demais com o grupo de Cachoeira. A segunda ocorreu no dia 23, com palavras de baixo calão e ameaças a ela e à família dela.

No primeiro texto, uma pessoa não identificada afirma que por pouco ela não destruiu a família dele e acabou com seu trabalho lícito. Depois, diz: “Não sou burro, sei que serei identificado, mas vou provar que sou inocente, que sou trabalhador e vítima ao ser equiparado aos demais (maioria) dos denunciados”.

No segundo e-mail, recebido por Léa Batista no dia 23 de junho, além de usar palavras de baixo calão, tentou intimidar a procuradora. “Ainda vamos te pegar. Cuidado, você e sua família correm perigo”, escreveu o autor da mensagem.

Após a segunda ameaça, Léa passou a receber proteção policial. Ela já disse que não vai abandonar o caso, ao contrário do que decidiu o juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima, responsável pela prisão de Cachoeira no final de fevereiro. A CPMI aprovou, na reunião dessa quinta-feira (05/07), convite para que o juiz fale sobre as ameaças que sofreu.

Ao rastrear o emissor das mensagens, a PF descobriu que as mensagens partiram de um computador cujo IP estava na casa de Adriano Aprígio. “Ameaças veladas ou ostensivas não nos farão retroceder. Tentativas de intimidação não adiantarão. Continuaremos firmes na defesa da sociedade”, garantiram em nota os procuradores da República Daniel de Resende Salgado e Marcelo Ribeiro de Oliveira, que cuidaram do caso.

A PF não informou qual das duas mensagens teria sido enviada pelo suspeito.

 

Com informações das Agências de Notícias

 

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