O SR. ANIBAL DINIZ (Bloco/PT – AC. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador) – Sr. Presidente, Senado Casildo Maldaner, Srs. Senadores, Srªs Senadoras, telespectadores da TV, ouvintes da Rádio Senado, eu faço questão de usar a tribuna hoje para fazer uma referência especial aos 32 anos de existência do Partido dos Trabalhadores, que estarão sendo comemorados amanhã com uma programação especial.
E a gente aproveita este momento para fazer uma reflexão também sobre os passos que o Brasil viveu nos últimos 30 anos e o quanto o Partido dos Trabalhadores contribuiu com seus erros, seus acertos, mas fundamentalmente para que nós tivéssemos hoje um Brasil tão diferente do que acontecia antes dessa nova conformação dos partidos políticos, com a consolidação da democracia que ainda passa por um processo de aperfeiçoamento, mas que já tem aspectos muito interessantes a serem comemorados.
Não há como negar
E não há como negar que, nesse processo de democratização do Brasil, o Partido dos Trabalhadores teve uma contribuição muito importante, tanto fazendo uma reflexão sobre os grandes temas nacionais, quanto assumindo a responsabilidade de governos, primeiro nos Municípios, nas prefeituras, depois em alguns Estados da Federação e, nos últimos 10 anos, assumindo a linha de frente do Governo Federal, com o Presidente Lula e também com a nossa Presidenta Dilma Rousseff. Então, ocupo esse momento para fazer esse registro.
O Partido dos Trabalhadores faz amanhã, 10 de fevereiro, uma grande festa, que será marcada pelo entusiasmo, pelo orgulho de sua trajetória e pela esperança no futuro deste País. Uma grande festa celebrar o aniversário de 32 anos de sua fundação na política brasileira.
Fundado oficialmente no dia de fevereiro de 1980, no Colégio Sion, em São Paulo, o PT, ao longo desses anos, se consolidou como um partido forte em ascensão, que surgiu de uma iniciativa movida pela razão na década de 1970. Foi o resultado direto da luta pela democracia e da organização sindical de operários liderados por Luiz Inácio Lula da Silva e outras importantes lideranças dos trabalhadores. Foi reconhecido como partido político pelo Tribunal Superior de Justiça Eleitoral no dia 11 de fevereiro de 1982.
Aliás, para quem não se lembra, em 1982, o PT já disputou algumas eleições governamentais. Tivemos, em São Paulo, Luiz Inácio Lula da Silva disputando o governo. E, no Acre, disputamos com o companheiro Nilson Mourão, que depois se tornou Deputado Federal por dois mandatos e hoje é o nosso Secretário de Justiça e Direitos Humanos do Governo do Estado do Acre.
São momentos muito importantes para nós, porque tanto Lula em São Paulo, quanto Nilson Mourão no Acre tiveram uma votação naquele momento muito inexpressiva, entre 2% e 4% do eleitorado. E parecia que o Partido dos Trabalhadores nunca teria viabilidade naquele momento. Mas a persistência, a luta, o esforço, principalmente o espírito missionário desse grande homem, desse grande brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, que viajou este Brasil de ponta a ponta, fez suas
Fez suas caravanas da cidadania, foi solidário com todos os municípios e Estados que visitou. No Estado do Acre, o companheiro Lula deu uma contribuição muito especial para que conseguíssemos superar nossas dificuldades. Só para se ter uma ideia, na eleição de 1990, quando a gente disputou e chegou a ir ao segundo turno com Jorge Viana, o Presidente Lula, que havia disputado em
Além da razão, o Partido dos Trabalhadores surgiu e se consolidou ao longo desses anos como um partido que reúne a força e emoção de milhões de pessoas que buscavam e buscam, que valorizavam e valorizam, a justiça social, a democracia, a atenção com os mais vulneráveis, o crescimento com igualdade e distribuição de renda.
A festa nesta sexta-feira é justa e merecida. O nosso Presidente, Deputado Rui Falcão, já anunciou que havia uma homenagem, que está sendo construída uma homenagem póstuma ao grande combatente da democracia e filiado número um do Partido dos Trabalhadores no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo Apolônio de Carvalho. Apolônio foi, desde o momento da fundação do PT até sua morte, uma referência ímpar na vida política brasileira, um ícone da história nacional recente, por seu ativismo político, pelo enfrentamento da ditadura e pela busca da democracia. Participou intensamente da luta pelos ideais socialistas e contra os regimes de opressão, integrou a militância do Partido Comunista Brasileiro, da Aliança Nacional Libertadora, participou na guerra civil espanhola e na resistência francesa contra o fascismo, foi ator de expressão no cenário da luta clandestina contra a ditadura militar no Brasil como membro do PCBR e um militante incansável do Partido dos Trabalhadores.
Por isso, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o justo reconhecimento do PT nesses seus 32 anos de existência a esse grande militante, notável militante, Apolônio de Carvalho.
Desde 1980
Desde 1980 até agora, o cenário político brasileiro mudou muito, e para melhor. Neste ano de 2012, o PT inicia seu 10º ano à frente do governo no Brasil. Foram oito anos do mandato do guerreiro Lula, período no qual tivemos grandes avanços em todos os sentidos, mas principalmente no que diz respeito à elevação de milhões e milhões de brasileiros que estavam abaixo da linha de pobreza, conseguiram ascensão social e puderam conquistar sua condição de dignidade, o que por si só, já justificaria todo o esforço que foi feito pelo Presidente Lula.
Mas não podemos deixar de reconhecer todos os avanços. Quando se dizia que havia o risco de o Brasil ser um fracasso na área da economia com o Presidente Lula, pelo contrário, ele foi um retumbante sucesso, porque conseguiu manter o Brasil no trilho, conseguiu manter o controle da inflação, conseguiu fazer aumentar ainda mais o sucesso do plano real, criado na era Fernando Henrique e, anteriormente, do Presidente Itamar Franco, mantido por Fernando Henrique. Com o Lula, isso foi consolidado e ganhou muito mais força. O Brasil ganhou uma respeitabilidade internacional como há muito tempo não tínhamos.
Então, devemos esse legado desse bom momento do Brasil, fundamentalmente, a tudo o que foi feito pelo Presidente Lula. Em relação a sua política de relações exteriores, o Brasil deixou de ser um país de poucas relações internacionais para ser um país praticante da multilateralidade, olhando para os países da África, olhando para os países vizinhos e tendo uma relação firmada fundamentalmente na solidariedade com os pequenos e na altivez frente aos grandes. Era exatamente o oposto o que acontecia no passado: o Brasil, muitas vezes, se mostrava arrogante frente aos pequenos e submisso e até covarde diante dos grandes.
As contribuições do Presidente Lula foram incontáveis, e, agora, nesse primeiro ano da nossa Presidenta Dilma, a gente fica muito feliz de chegar a resultados tão expressivos, com tanta competência, com tanta firmeza e com uma avaliação tão positiva da sociedade brasileira a esse primeiro ano da nossa Presidente Dilma Rousseff. Então, a candidatura