Setor privado: Aumenta total de trabalhadores com carteira assinada

Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) divulgados nesta quinta-feira (18) mostram o que os brasileiros têm sentido na prática: os altos índices de desemprego são coisa do passado. Em 2013, o número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado passou de 74,6% em 2012 para 76,1% no ano passado, chegando a 36,8 milhões de pessoas.

 

O aumento ocorreu em todas as regiões brasileiras. As maiores altas ocorreram no Nordeste (6,8%) e no Sul (5,3%). A proporção de empregados com carteira assinada no setor privado foi maior no Sudeste (81,5%) e no Sul (83,4%). Já o Nordeste teve o maior crescimento em relação a 2012, com aumento de 2,8 pontos percentuais.

Em 2013, 61,9% dos ocupados – ou 59,3 milhões de pessoas – contribuíam para a previdência. A expansão do contingente foi de 3,4% em relação a 2012, quando o percentual de contribuintes entre os empregados era de 60,3%. A proporção de contribuintes foi mais alta que a média no Sudeste (70,9%), no Sul (72,7%) e no Centro-Oeste (65%).

Também houve melhoras nos índices entre os que trabalham por conta própria. Entre as 19,7 milhões de pessoas que estão nessa faixa, cerca de 3,5 milhões (18%) trabalhavam em empreendimentos registrados no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). Em 2012, este percentual era 16,8%. Dentre os 3,6 milhões de empregadores, 2,9 milhões (79,1%) trabalhavam em empreendimento com CNPJ. Em 2012, eram 76,2%.

No ano passado, 46% dos ocupados (44,1 milhões de pessoas) atuavam no setor de serviços, contra 45,1% em 2012. O total de ocupados nos serviços cresceu 2,5% de 2012 para 2013, enquanto a população ocupada do país cresceu 0,6% no mesmo período. Outro destaque foi na construção civil: o contingente de trabalhadores cresceu 5,9% em 2013, chegando a 8,8 milhões. A construção respondia por 8,7% da população ocupada em 2012 e essa participação subiu para 9,2% em 2013.

Em relação ao rendimento médio mensal, houve aumento entre as pessoas com 15 anos ou mais ocupadas no ano passado. O valor médio foi de R$ 1.681, alta de 5,7% em relação a 2012 (R$ 1.590). A região Sul foi a que apresentou o maior incremento, 8,1% (de R$ 1.731 para R$ 1.872), enquanto a região Nordeste mostrou um crescimento de 5,7%.

Também caiu a diferença salarial entre homens e mulheres. A proporção do rendimento de trabalho das mulheres em relação ao rendimento dos homens passou de 72,8%, em 2012, para 73,7%, em 2013. Em média, em 2013, os homens receberam R$ 1.890 e as mulheres R$ 1.392.

Com informações do IBGE

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