O posicionamento de Fraga sobre o crédito subsidiado foi publicado pelo jornal Folha de S.Paulo no dia 1º de setembro. “Ele diz que é contra esse tipo de crédito, diz que isso está errado e que o mercado é que tem que resolver esses assuntos. Como é que um país tão desigual como o nosso vai querer funcionar, agora, pelas regras de mercado?”, questionou o petista, acrescentando que o ProUni e Fies são exemplos de programas do Governo Federal que beneficiam a população com juros mais baixos que os praticados pelas instituições financeiras.
No caso do Fies, a modalidade financia 100% da mensalidade, tem 18 meses de carência após a formatura do beneficiado, prazo de pagamento de três vezes a duração do curso mais um ano e taxa de juros de 3,4% ao ano. Aliás, falando em juros, Viana aproveitou para lembrar a realidade brasileira antes de 2003. “Para quem acha que a nossa situação de juros é alta [atualmente de 11%], lembro que, quando nós assumimos o governo, o juro era de mais de 20%. Chegava a 29% no governo do PSDB”, explicou.
O parlamentar desafiou ainda a oposição a dizer quais são as propostas concretas para tais linhas de apoio, bem como ao Pronatec. “A nossa eu sei qual é, de ampliar, de ter mais jovens fazendo uma universidade, de ter mais jovens buscando e alcançando uma profissão. Essa é a melhor maneira de ajudar as famílias do Brasil”, afirmou. Ainda segundo Viana, esse é o compromisso do governo liderado pela presidenta Dilma.
Financiamentos
O ProUni, criado em 2005, já beneficiou 1,4 milhão de estudantes com renda abaixo de três salários mínimos com bolsas integrais ou parciais, sendo destinados R$ 824 milhões por ano por meio de renúncia fiscal. Na mesma linha de apoio está o Fies, que já atendeu 1,7 milhão de alunos, com recursos que passaram de R$ 1 bilhão para R$ 9 bilhões de 2010 a 2014.
Carlos Mota