IBGE: produção industrial cresce em 10 dos 14 locais pesquisados em agosto

A reação da economia brasileira, conforme prognóstico do ministro da Fazenda, Guido Mantega, pode mesmo ter começado. Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial de agosto cresceu em 10 das 14 regiões pesquisadas pelo instituto. Os avanços mais acentuados foram registrados no Rio Grande do Sul (4,2%), em Goiás (3,3%) e no Espírito Santo (3,2% e 11% ano acumulado dos últimos três meses). Ceará (2,8%), Pernambuco (2,7%), Paraná (2,1%), Pará (2,0%) e São Paulo (0,8%) também apontaram taxas positivas mais intensas do que a média nacional (0,7%), enquanto Santa Catarina (0,5%) e Minas Gerais (0,1%) mostraram avanços mais moderados.

 

Apenas o Amazonas (-4,5%), a Bahia (-4,2%), o Rio de Janeiro (-1,6%) e o conjunto da Região Nordeste (-1,2%) assinalaram as taxas negativas nesse mês, após apontarem crescimento no mês anterior: 16,6%, 4,1%, 1,1% e 5,6%, respectivamente.

Na comparação com agosto de 2013, porém, o setor industrial mostra que ainda precisa de um maior impulso, já que as taxas verificadas em agosto de 2014 representam um decréscimo de 5,4% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

No indicador acumulado para o período janeiro-agosto de 2014, frente a igual período do ano anterior, a redução na produção nacional alcançou nove dos 15 locais pesquisados, com quatro recuando com intensidade superior à da média da indústria (-3,1%): São Paulo (-5,7%), Paraná (-5,6%), Bahia (-5,3%) e Rio Grande do Sul (-5,3%). Rio de Janeiro (-3,0%), Santa Catarina (-2,4%), Minas Gerais (-1,9%), Ceará (-1,5%) e Região Nordeste (-0,9%) completaram o conjunto de locais com resultados negativos no fechamento dos oito meses de 2014. Nesses locais, o menor dinamismo foi particularmente influenciado por fatores relacionados à redução na fabricação de bens de capital (em especial aqueles voltados para equipamentos de transportes – caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões e veículos para transporte de mercadorias), bens intermediários (autopeças, produtos têxteis, produtos siderúrgicos, produtos de metal, petroquímicos básicos, resinas termoplásticas e defensivos agrícolas) e bens de consumo duráveis (automóveis, eletrodomésticos da “linha branca”, motocicletas e móveis). Por outro lado, Pará (10,6%), Pernambuco (2,1%), Amazonas (1,7%), Espírito Santo (1,6%), Mato Grosso (1,1%) e Goiás (0,5%) assinalaram as taxas positivas no índice acumulado do ano.

Com informações do IBGE

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