“Eu não sou daqueles que acham que o cidadão com mais de 60 anos já virou copo descartado. É um absurdo aqueles que pensam assim. Aqui há uma voz que pensa diferente”, disse.
O senador comemorou o fato de a expectativa de vida dos brasileiros estar aumentando de forma consistente nas últimas décadas. Mas, com isso, cresce o número de idosos no Brasil e surge a necessidade de uma atenção especial do Estado com a formulação de políticas específicas para esse segmento.
“É preciso que nós tenhamos políticas públicas voltadas para o nosso envelhecimento. Há também as doenças modernas, devido aos excessos, como a diabetes, que a saúde pública consegue reduzir com educação. O que não existe, ainda, é a consciência devida acerca das doenças mentais. Em saúde pública ninguém está realmente interessado nessa questão. Mas tenho a impressão de que é possível fazer pelo menos um pouco nesse sentido”, apontou.
O senador ainda lamentou o fato de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter adiado a análise do processo que poderá vir a regulamentar a instituição da desaposentadoria. A medida visa beneficiar os idosos que ainda estão aptos a trabalhar e que terão a possibilidade, depois de se aposentarem pela primeira vez, poderem voltar a trabalhar e se aposentar novamente no futuro com direito a rendimentos mais significativos, com base na nova idade.
“O Supremo ia votar a questão de permitir que o instituto da desaposentadoria fosse assegurado para aqueles idosos que voltarem a trabalhar. Por mais uma tática de obstrução, acabou, de novo, não votando e jogando mais para frente”, disse. “Eu quero reafirmar que os proventos dos idosos são fundamentais para manterem sua qualidade de vida. São os remédios; hoje eles têm que pagar cuidadores; é o plano de saúde disparando sempre. E me parece que alguns não querem entender”, concluiu.