A senadora Ana Rita (PT-ES) destacou, em discurso ao plenário nesta quarta-feira (13), a relevância do tema da Campanha da Fraternidade de 2013 para a realidade brasileira, por estar centrada na juventude e a ameaça que ameaça da violência paira sobre essa faixa etária no Brasil. A senadora sublinhou que a campanha, embora seja promovida pela Igreja Católica, deve ser apoiada por todos o brasileiros, já que “a defesa da vida da juventude é um papel de toda a sociedade”.
O Espírito Santo, estado representado por Ana Rita, registrou, no ano passado, mais de 1.600 assassinatos de jovens. “Nos últimos 12 anos, são mais de 20 mil jovens mortos no Espírito Santo, o que demonstra que a nossa juventude vem sendo condenada à morte, ao extermínio, nas mais diversas situações do cotidiano”, lamentou a senadora. As estatísticas do IBGE confirmam as milhares de jovens que caem diante da violência todos os anos.
Para a senadora, essa “condenação à morte” decorre principalmente da exclusão desses jovens das políticas públicas e do abandono da sociedade. “que os marginaliza”. E acrescentou: “Milhões de jovens são levados à morte no tribunal da violência estrutural, quando, por falta de oportunidade ou exclusão, têm suas vidas e sonhos destruídos”.
Ana Rita lembrou que a morte não é apenas física. “Muitos rapazes e moças estão vivos externamente, mas mortos internamente”, atingidos pela violência e pelas drogas.
“Quando a família não cumpre seu papel; quando as instituições públicas e religiosas não cumprem com a sua missão; quando faltam boas referências aos jovens, o tráfico assume este lugar.O jovem quer ser feliz e está indo em busca da felicidade no mundo das drogas, grande parte desta responsabilidade pesa sobre nós”, alertou a senadora.