A SMB Offshore está sendo investigada no exterior por suspeita de pagamentos de propina a executivos de empresas petrolíferas, em troca de favorecimentos em contratos. Segundo o depoente afirmou à CPMI, desde que essas suspeitas vieram a público, a Petrobras decidiu não apresentar convites para que a empresa holandesa participe de novas licitações e tomadas de preço. Edmar Diniz explicou, também, que o cancelamento dos contratos altamente em vigor com a SMB resultaria em um prejuízo da ordem de US$ 15 bilhões à Petrobras.
A oitiva do gerente de contratos durou cerca de uma hora, tempo em que respondeu uma série de perguntas formuladas pelo relator, deputado Marco Maia (PT-RS), e lidas pelo deputado Afonso Florence (PT-BA), que atuou como relator ad hoc, já que Maia sofreu um acidente de moto no domingo e está de licença médica.
Antes da oitiva de Edmar Diniz, estava prevista a realização de uma sessão administrativa da CPI para analisar requerimentos de convocação do ex-diretor da Área de Serviços da Petrobras, Renato Duque, e do presidente licenciado da Transpetro, Sérgio Machado. Como não havia quórum para deliberação, essa parte da reunião foi encerrada, o que irritou os parlamentares da oposição. Para a realização de votações, seria necessária a presença de 17 membros da CPI, mas apenas 13 parlamentares assinaram a lista de presença.
Pouco depois das 16:30h, a reunião da CPI foi encerrada, com o início da Ordem do Dia do Senado — segundo o Regimento, as comissões não podem funcionar quando é iniciado o processo de votação em plenário. O senador Vital do Rego (PMDB-PB), presidente da CPI, encerrou os trabalhos atendendo a uma questão de ordem formulada pelo senador Wellington Dias (PT-PI), que lembrou os reiterados apelos do presidente da Casa, Renan Calheiros, para que todos os senadores se dirigissem ao plenário par votar a MP 657, que reorganiza a carreira da Polícia Federal e fixa a remuneração dos cargos da instituição.