Paim, relator do projeto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), adiantou que seu voto é favorável à proposta e que não mexeu em “uma vírgula” do texto original. “Peço aprovação dos senadores e das senadoras – e posteriormente dos deputados – para que essa obra histórica, que vai marcar mais do que nunca o período da democracia brasileira, seja aprovada, oxalá, por unanimidade”, solicitou.
O parlamentar destacou que faz uma análise, no relatório, mostrando que o Brasil, em relação aos outros países do mundo, “está lá embaixo na participação das mulheres na vida política”. “Não adianta botar lá, como os partidos botam, para inglês ver, ou faz de conta, que 30% das vagas são para mulheres. Mas botam para preencher a cota, e depois não fazem campanha, não prestigiam, não dão estrutura. Elas não podem participar efetivamente de uma disputa de igual para igual”, explicou. Ele lembrou que, atualmente, menos de 15% das vagas do Congresso Nacional são ocupadas por mulheres.
“Se eu for candidato em 2018, em vez de estar disputando as duas vagas, estarei disputando uma vaga, porque uma vaga será assegurada para as mulheres. Mas farei isso com a maior tranquilidade e com muita convicção de que estou no caminho certo, de que estou coerente com aquilo que sempre defendi ao longo da minha vida, combatendo todo tipo de preconceito”, disse o senador.
Paim ressaltou que as mulheres hoje representam 51% da população e criticou a exigência legal de apenas 30% de candidaturas femininas nas eleições para cargos proporcionais, como deputados federal, estadual e vereadores.