Lindbergh cobrou dos tucanos a responsabilidade histórica que cabe aos políticos — e da qual o PSDB não está isento — de defender a normalidade democrática, mesmo quando os resultados do processo político não é favorável. “Os senhores são maus perdedores”, disparou o petista, lembrando que mal haviam sido fechadas as urnas do segundo turno da eleição presidencial começou o esperneio dos derrotados, com pedidos de recontagem de votos, alegações de fraudes e, suprema vergonha, recorrer à justiça pedindo que o candidato derrotado, o tucano Aécio Neves, fosse diplomado no lugar da presidenta reeleita, Dilma Rousseff.
“A verdade é que o povo brasileiro não entrou nisso. Eu tenho vergonha daquelas passeatas de São Paulo, daquela turma de Bolsonaro pedindo a volta da ditadura e o impeachment de uma Presidenta que acabou de tomar posse para o segundo mandato”, afirmou Lindbergh. “Nós sabemos que vivemos um tempo difícil para a política como um todo, e não só para a presidenta”, ponderou o senador. “Não estamos vivendo um momento bom na nossa economia, temos desafios pela frente. Agora, os senhores saíram da eleição sem aceitar o resultado, questionando na justiça o processo eleitoral como um todo e estão estimulando movimentações como essa!”, acusou.
Lindbergh destacou que nunca se investigou tanto a corrupção quanto nos 12 anos de governos petistas. Em 2002, a Polícia Federal realizou 36 operações. Em 2014, foram 336, um aumento de 800%. “Vossas Excelências têm uma indignação seletiva. Sobre o cartel do metrô em São Paulo — um rombo de bilhões de reais, uma investigação que começou fora do País — não tocam no assunto. E a imprensa, infelizmente, protege”, concluiu.