De acordo com os dados oficiais, dos mais de 630 mil contaminados no Brasil, o Sul concentra 23% do total, quando a população da região é de apenas 14% do total de brasileiros. Entre os municípios brasileiros com mais de 50 mil habitantes, os dez primeiros em número de contaminados com o HIV estão nos três estados do Sul. São eles Porto Alegre (RS), Alvorada (RS), Balneário Camboriú (SC), Uruguaiana (RS), Sapucaia do Sul (RS), Criciúma (SC), Biguaçu (SC), Pinhais (PR), Florianópolis (SC) e Canoas (RS).
Paim ressaltou que, desde 2010, a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul oferece atendimento e tratamento rápido para a população, na tentativa de diminuir os índices. As políticas públicas têm por alvo prioritário os grupos sociais de maior risco, como usuários de drogas, profissionais do sexo e moradores de rua. “Sem qualquer conteúdo de preconceito, o Poder Público acerta ao concentrar a prevenção nesse grupo. Porque melhora a qualidade de vida dos portadores do vírus HIV, ao mesmo tempo em que reduz os riscos de contaminações”, avaliou o petista.
Atualmente, pouco menos de 40 mil portadores do HIV recebem tratamento no Rio Grande do Sul. Mas o incremento das medidas pode fazer com que 12 mil novos contaminados ingressem no sistema e sejam beneficiados com os programas públicos de prevenção e tratamento da AIDS, em parceria entre Estado e União.
Diante dos dados apresentados e da proximidade com o carnaval, Paulo Paim se viu na obrigação de pedir à população que use a camisinha. O senador ainda frisou que desde a década de 80, quando o vírus da Aids assombrou o mundo pela sua letalidade, o Brasil tornou-se referência internacional na prevenção e no combate ao vírus. E que os avanços da ciência conseguiram neutralizar a doença, de maneira que ela não é mais uma sentença de morte. “Seria muito pior se o poder público já não tivesse tomado uma série de medidas”, ponderou.