Senadora destacou propostas do Partido dos Trabalhadores, como a defesa das reformas política e tributáriaAo lembrar o manifesto lançado nesta semana pelo PT, a senadora Fátima Bezerra (PT-RN) registrou as ações do partido no combate à corrupção. “Antigamente não havia uma Controladoria-Geral da União, com o status que tem hoje, de ministério. Antigamente, por exemplo, a Polícia Federal não recebia os investimentos que recebe hoje, exatamente para atuar de forma republicana”, destacou a parlamentar em discurso na tarde desta quarta-feira (1º).
Fática disse que é favorável a investigações rigorosas e de punição a corruptos e corruptores conforme os marcos do estado democrático de direito. “Caso qualquer filiado do PT seja condenado em virtude de eventuais falcatruas, será excluído, exatamente, de nossas fileiras”, disse ela.
O manifesto em defesa do PT, incluindo a defesa intransigente do combate à corrupção, uma das primeiras bandeiras do partido, foi aprovado pelos 27 diretórios estaduais do partido e lançado na segunda-feira (30) durante reunião da Executiva Nacional do PT, em São Paulo. O texto diz que “nunca como antes, porém, a ofensiva de agora é uma campanha de cerco e aniquilamento e que o atual movimento contra o partido busca criminalizá-lo”.
Entre outros pontos, o manifesto faz a defesa de que o partido pratique a política cotidiana, mais presente na vida do povo e que reate sua ligação com os movimentos sociais, a juventude, os intelectuais e as organizações sociais.
O documento ainda lista dez propostas. Entre elas, a promoção de debates e mobilizações em torno do PT e de suas bandeiras históricas; a defesa do legado político-administrativo do partido e do governo da presidenta Dilma Rousseff; e a articulação de uma frente de partidos, centrais sindicais e movimentos sociais “unificados em torno de uma plataforma de mudanças”, e que defendam a reforma política e tributária, além da democratização da mídia.
Também é proposto que a bancada do PT no Congresso Nacional coloque em pauta e defenda a aprovação de proposta que vise o imposto sobre grandes fortunas; a busca por novas formas de financiamento para o Sistema Único da Saúde (SUS); o apoio a uma ampla reforma educacional; o combate à corrupção; e a luta pela integração política, econômica e cultural dos povos da América. “O momento não é de pessimismo; é de reavivar as esperanças”, diz o texto.
Educação
Em seu discurso, Fátima também parabenizou a escolha da presidenta Dilma Roussef pelo filósofo Renato Janine Ribeiro, que assumiu o Ministério da Educação. “Janine é um nome conceituado e respeitado na comunidade educacional. Tem experiência de gestão (dirigiu a Capes entre 2004 e 2008) e ideias avançadas para o setor, como a adoção de currículos abertos”, disse ela.
A senadora espera que o novo ministro tenha como norte o novo Plano Nacional de Educação. Entre as metas da iniciativa, está a de colocar pelo menos 50% de todas as crianças brasileiras até 3 anos na escola nos próximos dez anos. “Nós queremos triplicar as vagas no ensino superior, na educação profissional. Nós queremos, por exemplo, garantir que, no mínimo, 50% das nossas escolas, da educação básica, ofereçam educação em tempo integral e a agenda de valorização do magistério brasileiro”.
Carlos Mota
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