Após alerta de Pinheiro, Senado vai acompanhar falta de profissionais em TI

Pinheiro: vagas sem ocupantes podem chegar a 750 mil em cinco anosO quadro é grave, e até mesmo num dos principais polos de desenvolvimento de tecnologia do Brasil, Campinas, no interior de São Paulo, o desequilíbrio aparece: as empresas de TI não estão conseguindo preencher as vagas oferecidas para profissionais com formação tecnológica, e justamente num dos setores da economia onde a demanda por mão-de-obra continua firme. O alerta para a necessidade de formação de mais profissionais qualificados foi feito pelo senador Walter Pinheiro (PT-BA), nesta terça-feira (14), durante reunião da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação e Informática (CCT), com base em números da Associação para Promoção da Excelência do Software  (Softex), segundo os quais o déficit de pessoal em Tecnologia da Informação no Brasil alcança 92 mil postos de trabalho, com a perspectiva de chegar a 750 mil dentro de cinco anos.

“Os dirigentes de uma empresa de Campinas, que recentemente ganhou de grandes players mundiais um contrato com a Coca Cola, reclamam da falta de pessoal para preencher as vagas e um dos donos da empresa me disse: eu estou há seis meses tentando selecionar 150 pessoas de altos salários. Não tem!”, relatou o senador, pontuando que a região tradicionalmente oferece profissionais qualificados, por conta da atuação da Universidade de Campinas (Unicamp) e outras entidades dedicadas ao setor de TI.

Para combater essa deficiência, Pinheiro, uma das referências em tecnologia do Senado, propôs a criação de um grupo de trabalho para analisar e avaliar as políticas públicas que vão tramitar ou estão em trâmite no Senado Federal durante este ano. Por sugestão do senador petista o grupo poderá receber o nome de “Formação de Recursos Humanos para Ciência, Tecnologia e Inovação, com especial enfoque para o Programa Ciência Sem Fronteiras”.

O presidente da CCT, senador Cristovam Buarque (PDT/DF), apoiou a proposta do grupo, que vai substituir o formato de subcomissões do colegiado. Sua primeira atividade será a realização de audiência pública, ainda sem data para ser realizada com  a participação do presidente (ou representante) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) e do presidente (ou representante) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.

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